Ouça 'O Que Há de Novo' na íntegra:
Os concertos para piano nº 2 e 3 estão entre os mais populares de todas as épocas – o terceiro, então, levou o apelido de “Rach-3” no filme “Shine”
que em 1996 rendeu sete indicações ao Oscar e o prêmio de melhor ator a Geoffrey Rush.
O outro enorme sucesso alavancado pela música de Rachmaninoff no cinema aconteceu em 1980, com o filme “Em Algum Lugar do Passado”.
Ele viaja no tempo embalado pela décima oitava variação da “Rapsódia sobre um Tema de Paganini”. São apenas 3 minutos de música, mas que, no entanto, contêm uma melodia poderosíssima, capaz de seduzir o público de concertos e levar às lágrimas quem assiste ao filme.
O próprio Sergei sempre viveu situação contraditória: era badaladíssimo como o maior pianista virtuose e um maestro talentoso ; e ao mesmo tempo sistematicamente massacrado pelo mundo musical por conta de sua atividade como compositor. Ele estava em Moscou revisando seu concerto no. 1 quando explodiram os canhões da Revolução de outubro de 1917.
Ele de fato não era contra a revolução. No início daquele ano até fizera dois recitais em prol da “causa do país agora livre”; chegou a assinar-se “o artista livre S. Rachmaninoff”. Mas a violência desordenada e o caos o apavoraram. Ele não reconhecia mais seu país.
Estar longe de seu país foi fatal para o compositor. Ele praticamente parou de compor, com raras exceções, como a inesperadamente moderna “Rapsódia sobre um tema de Paganini”, de 1934. Nos últimos dez anos de vida, além da “Rapsódia”, só compôs a Terceira Sinfonia e as Danças Sinfônicas.
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