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Na coluna desta quarta-feira (31), Atílio Bari relembra a trajetória da atriz Dulcina de Moraes (198-1996), um dos principais nomes das artes cênicas da história do Brasil. “Em 1980, aos 72 anos de idade, Dulcina inaugurou a Fundação Nacional de Teatro, no Rio de Janeiro. Depois, a Faculdade de Artes Dulcina de Morais, em Brasília, a primeira instituição particular de ensino superior de artes, e mais um teatro naquela cidade, projetado por, claro, Oscar Niemeyer. Ou seja, Dulcina deixou um legado”, relembra o dramaturgo.
Atualmente, porém, a situação é outra: “Tudo isso vai a leilão, em setembro, para pagamento de débitos trabalhistas, previdenciários, tributários, de processos diversos e até de serviços essenciais, como água e luz. Aliás, quem quiser visitar o teatro que leve uma lanterna, porque há tempos não há mais energia elétrica no espaço. Além dos cinco mil metros quadrados dos prédios, vai a leilão, também, o acervo de setenta anos de carreira da dupla Dulcina e Odilon [marido]. Em que mãos tudo isso vai parar?”, questiona o colunista da Cultura FM.
Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.
O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e no aplicativo Cultura Play.
*Sob supervisão da jornalista Cirley Ribeiro
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