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caracterizado pelo decreto do AI-5 que restringiu os direitos da sociedade civil e deu amplos poderes ao governo militar. Nesse mesmo ano, Elizeth Cardoso, Zimbo Trio, Jacob do Bandolim e Época de Ouro registram no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, um LP duplo que foi considerado o principal álbum daquela década. O produtor Ricardo Cravo Albin, então presidente do Museu da Imagem e do Som (MIS/RJ), entidade responsável pelo show e registro fonográfico, comenta o lançamento deste LP.

No ano seguinte, Gilberto Gil e Caetano Veloso exilam-se em Londres. A série destaca o show de despedida, realizado no Teatro Castro Alves, em Salvador, nos dias 20 e 21 de julho, que gerou o LP Barra 69 lançado em 1971.

Ainda em 1971, a série apresenta o show Gal – A todo vapor, gravado no Teatro Tereza Rachel, no bairro carioca de Copacabana. O músico e produtor Roberto Menescal conta o que gerou o barulho registrado em uma das músicas do disco.

Rosa dos ventos é o famoso show que Maria Bethânia faz no Teatro da Praia, no Rio de Janeiro, em 1971, também registrado em vinil. Menescal, que na época era o diretor artístico da gravadora Polygram, comenta como foi a gravação, e Manuel Barenbein fala de suas impressões sobre a apresentação.

Em 1972, Jorge Mautner lança seu primeiro disco, Pra iluminar a cidade. Em entrevista exclusiva ao Cultura Brasil, o autor de “Maracatu atômico” (com Nelson Jacobina) conta como foi o lançamento desse LP.

Ainda em 1972, Luiz Gonzaga faz uma temporada de shows no já citado Teatro Tereza Rachel. Empunhando a segunda sanfona, o jovem Dominguinhos. A gravação desses shows se transforma no álbum Luiz Gonzaga volta pra curtir, lançado somente em 2001. Nesta edição, Dominguinhos conta que soube da existência dessas gravações 29 anos depois. Segundo ele, ninguém sabia.

O segundo episódio da série Palco, música e registro encerra com o show Chico e Caetano juntos e ao vivo, gravado em 10 e 11 de novembro de 1972, no Teatro Castro Alves, em Salvador.