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Há 90 anos, em 23 de novembro de 1933, nascia em Debica, na Polônia, o compositor Krzysztof Penderecki, um dos grandes mestres de seu tempo, autor da “Trenodia para as Vítimas de Hiroshima” (1959), peça emblemática da música do século 20.

Para musicólogo Mieczyslaw Tomaszewski, Penderecki ousava ser ele mesmo, em toda e qualquer situação. Espírito independente na música do século 20, Penderecki teve peças incluídas na trilha sonora de filmes como “O Exorcista”, de William Firedkin e “O Iluminado”, de Stanley Kubrick. Esteve em São Paulo em 2017, quando regeu a Osesp. Penderecki viveu até os 86 anos. Após lutar contra uma doença grave, morreu na Cracóvia, em 29 de março de 2020.

Nesta audição, peças representativas da produção do compositor, como “Fluorescências”, “Paixão Segundo Lucas”, “Evangelho de Utrenia”, além da celebrada “Trenodia”.

“Como poderemos atingir um alvo artístico nesse labirinto de caminhos, neste caos da experiência de hoje em dia? Talvez haja algum consolo no fato de que o labirinto — uma metáfora da nossa vida — é sempre uma combinação de elementos irracionais (e incalculáveis) e previsíveis (e por isso controláveis). Podemos encontrar o sentimento de realização só depois de muito perambular, depois de darmos muitas voltas”

(Krysztof Penderecki)