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Com formação em engenharia, ele nunca trabalhou com música eletroacústica. A poesia, as artes visuais e o cinema podem ser detonadores de sua criação. Ele parte para a construção no tempo de uma “espécie de paisagem sonora” que reflita seus interesses. Também é atraído pelo trabalho tímbrico, pelas cores dos instrumentos.
Radicado em Berlim, Leonardo Silva é compositor nascido em Belo Horizonte. Tocou guitarra na adolescência, mas seu contato com a música de concerto se deu apenas aos 18 anos. Em paralelo ao curso de engenharia de produção na Federal de Minas Gerais, teve aulas particulares de música. Recém graduado, Leonardo se transferiu para Zurique, onde de fato mergulhou no universo musical, tendo desenvolvido um mestrado em composição. Depois, partiu para um pós-mestrado, em Leipzig.
“Acho que o trabalho mental do compositor é um trabalho de improvisação”, ele diz. “Estou sempre ali improvisando na cabeça, várias versões. E uma dessas improvisações vai deixando de ser improvisação e vai ganhando forma de obra mesmo”.
Aos 33 anos, Leonardo ganhou o primeiro prêmio do importante “Basel Composition Competition” (2023), da Suíça. Sua peça orquestral “Lume”, inspirada no poema “M'illumino d'immenso”, do italiano Giuseppe Ungaretti, venceu outros 250 autores, de 47 países.
“Estética é isso, é fazer conexões”. O compositor também divide seu tempo como editor. Leonardo Silva está à frente da Editora Zain, com sede em BH e dedicada à música – de romances a livros técnicos que trazem a música como objeto principal.
Estes e outros assuntos são postos à mesa nesta edição Supertônica, gravada remotamente desde a Itália. Programa transmitido em 28 de setembro de 2024.
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