Fundação Padre Anchieta

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Reprodução/Secretaria da Cultura e Economia Criativa de São Paulo
Reprodução/Secretaria da Cultura e Economia Criativa de São Paulo

A arquitetura clássica tem origem ainda na Idade Antiga, nas civilizações gregas e romanas, e pode ser observada através de construções milenares como o Panteão e o Coliseu em Roma, ou o Templo de Poseidon e o Teatro de Dionísio em Atenas. No fim do século XVIII, a essência desses edifícios foi retomada por arquitetos europeus, dando forma à arquitetura neoclássica.

O estilo clássico tem como características marcantes a simetria e a proporção, a presença de colunas e ornamentos decorativos, o uso de abóbadas e arcos, o requinte em mármore e a repetição de formas geométricas. Com a colonização portuguesa já estando vigente no Brasil desde o século XVI, a arquitetura neoclássica também teve influência nas construções que viriam por aqui.

É importante ressaltar o eurocentrismo que se via na época - e pode ser observado até hoje - que introduz o estilo tido como clássico, ou simplesmente europeu, como ideal de beleza, de certa forma ignorando o fato das nossas origens serem outras. No Brasil, ao contrário da Europa, não existe uma "retomada" ao passado através das construções clássicas, visto que nosso passado é outro, muito mais vinculado às raízes indígenas.

1. Estação da Luz

    Tombada como patrimônio histórico nacional desde 1996, a Estação da Luz foi construída em 1867, durante a era do café em São Paulo. Ela foi a primeira estação ferroviária da "The São Paulo Railway", uma importante estrada que ligava Jundiaí ao porto de Santos e auxiliava na escoamento do café. Dez anos após sua inauguração, a estação foi reformada e reaberta em 1901 A obra foi protagonizada por engenheiros ingleses com um projeto de ampliá-la a fim de suportar a quantidade de pessoas que transitavam por ela diariamente. É considerada um marco da arquitetura inglesa em São Paulo. Atualmente, a Estação da Luz também abriga o Museu da Língua Portuguesa.

    2. Casa das Rosas

      Essa mansão localizada na Avenida Paulista, em São Paulo, foi projetada pelo famoso arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo (que também projetou a Pinacoteca de São Paulo). A construção, feira em estilo clássico francês, conta com mais de 30 cômodos, edícula, jardins, quadra e um pomar. A família Azevedo viveu na casa até 1935, época em que a cidade começava seu processo de industrialização e a famosa rua paulistana já estava tomada de edifícios.

      Ameaçada de demolição, a Casa das Rosas foi assumida pelo governo do estado de SP e reabriu como um centro cultural em 1991. De acordo com o site oficial, atualmente a casa oferece à população: "cursos, oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, lançamentos de livros, apresentações literárias e musicais, saraus, peças de teatro, exposições ligadas à literatura, etc"

      Veja imagens: Webstory: Cinco arquiteturas clássicas mantidas em São Paulo

      3. Sala São Paulo

        Quando encontramos a majestosa Sala São Paulo, no centro da cidade, nem imaginamos que o projeto inicial era de uma estação pertencente à Estrada de Ferro Sorocabana. Idealizada em 1925 pelo arquiteto Christiano Stockler das Neves, no estilo de Luís XVI - ou seja, clássico francês -, a obra só foi inaugurada em 1938, época em que já se viam mais automóveis pela cidade. Já nessa época o espaço era alugado para realização de eventos e festas, mas foi somente em 1997 que ele foi assumido pela Secretaria da Cultura de São Paulo e reformado para abrigar a Orquestra Sinfônica.

        4. Palácio dos Cedros

          Inaugurado em 1932, o Palácio dos Cedros foi residência da família Jafet até 1957 e representa um importante marco arquitetônico na cidade de São Paulo. Projetado pela construtora Heribaldo Siciliano mesclando traços orientais, clássicos e barrocos, o intuito da obra até hoje é preservar a história da primeira geração de imigrantes libaneses no Brasil. O nome do Palácio remete à vegetação de cedros, típica planta do Líbano, encontrada nos jardins. Atualmente o espaço pode ser alugado para eventos como casamentos e festas de debutante.

          5. Edifício Palacete Riachuelo

            Localizado no Anhangabaú, esse edifício começou a ser construído em 1926, momento em que muitos prédios subiam pela cidade. Projetado pelo arquiteto Christiano Stockler das Neves, foi um dos primeiros prédios residenciais da cidade de São Paulo. Inaugurada apenas em 1932, a obra, com traços góticos ingleses, foi bem recebida pela população paulistana da época que o considerava um dos endereços mais elegantes da cidade. Ameaçado de demolição, foi tombado como patrimônio histórico durante a gestão municipal de Olavo Setúbal (1975-1979).