Ana Pastana - AGÊNCIA CENARIUM
MANAUS (AM) - O deputado Daniel Almeida (Avante-AM), irmão do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), chamou a deputada Alessandra Campelo (Podemos-AM) de vitimista após interrompê-la repetidas vezes enquanto ela presidia a sessão da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) nesta terça-feira, 10.
A confusão começou quando Campelo pediu que Almeida mantivesse a ordem na Casa Legislativa, após ele discutir com outro parlamentar que criticava problemas do Executivo municipal. "A senhora manda eu me calar?", reclamou o deputado. Em seguida, ela respondeu: "É difícil, né, deputado? O senhor imagina nós, mulheres, que somos cortadas o tempo todo", diz. "Vitimismo", retrucou o parlamentar do Avante.
Na sequência, Daniel Almeida continuou interrompendo a deputada do Podemos e recebeu uma invertida: "Eu não tenho culpa do seu nervosismo por conta dos problemas da prefeitura […] O senhor vai ter que aprender a respeitar uma mulher parlamentar […] Aqui, nesse plenário, o senhor não vai gritar com mulher."
O ato de interromper a fala de uma mulher é conhecido como "manterrupting". Este termo é utilizado para descrever a falta de educação masculina que consiste em um homem interromper uma mulher durante uma conversa ou apresentação, geralmente em um ambiente profissional.
Bate-boca
Na sessão desta terça-feira, 10, os deputados Daniel Almeida e Felipe Souza (PRD) protagonizaram um bate-boca acalorado após Souza ameaçar abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para recursos de R$ 900 milhões repassados pelo Governo do Amazonas para a Prefeitura de Manaus.
"Em 2020, quem apoiou o teu irmão? Foi o governador Wilson Lima. Em 2022, teu irmão apenas pagou a conta. Foram R$ 900 milhões que nem prestar conta a prefeitura presta", disparou o parlamentar do PRD para Almeida, que estava na tribuna.
Daniel Almeida defendeu o irmão e disse que os repasses estaduais foram essenciais para a realização de grandes obras na cidade. Em seguida, os parlamentares iniciaram uma sequência de troca de ofensas: "Cale a boca!".
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