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Educação financeira é algo muito importante para qualquer pessoa, independentemente da faixa etária, conseguir aprender a lidar com as finanças pessoais é algo necessário. Sem se educar financeiramente, fica difícil lidar com situações adversas no dia a dia.

Se esse tema já é complexo na vida adulta, quando jovem ele é um verdadeiro desafio. Mas quanto mais nos aprofundamos no assunto na juventude, maiores são as chances de conquistar independência financeira cedo e, mais do que isso, evitamos entrar no mundo do superendividamento.

Pensando nisso, o site da TV Cultura conversou com a Ana Carolina Alves, mestre em economia e educadora financeira, que explica a importância da educação financeira.

A economista diz que a educação financeira é um processo e as pessoas vão aprendendo por meio de  passos, mas nunca vai aprender tudo. Dentro desse processo, através do aprendizado sobre o mercado financeiro, economia e até o conhecimento que envolve psicologia, se aprende a tomar boas decisões quando se envolve dinheiro.

“Então é assim, por exemplo, você vai querer comprar uma casa agora, fazer um financiamento, e quando passa por um processo de educação financeira, você vai se questionar, qual a melhor maneira de comprar esse imóvel? Será que é efetivamente isso que eu quero agora, será que a minha renda permite isso hoje? Então é um processo de sempre questionar essas decisões, tem que levar em conta o bem-estar financeiro”.

A profissional esclarece que na juventude a educação financeira adquire uma importância mais significativa, onde se começa a pensar na independência financeira com o ingresso no mercado de trabalho, e é o período em que está se fazendo escolhas que geralmente vão impactar no resto da vida, como decisão de carreira, adquirir bens e formação de família.

Ana relata que existe muita pressão social em cima dos jovens, que eles precisam escolher rápido qual caminho seguir na vida e depois que você tem uma profissão, precisa estar bem no mercado, ter uma família e ter onde morar. São todas as decisões que envolvem muito tempo e dinheiro

Se o jovem não tem uma base de educação financeira, ele pode ser mais facilmente influenciado, ficar mais perdido e talvez não tomar as melhores decisões porque existem muitas expectativas e muitas pressões. O jovem, nessa ansiedade que tem de fazer as coisas rápido, que é uma característica nessa idade, ele pode se deixar levar por isso e se arrepender depois”, explica.

A educação financeira ajuda nesse momento, é necessário estudo e planejamento para não tomar decisões que podem afetar o bem-estar financeiro e levar a um grande endividamento futuro.

Educação financeira para crianças

De acordo com a economista, é importante ensinar desde cedo sobre educação financeira e fazer a criança entender limites, de onde o dinheiro vem, explicar sobre o desperdício e os responsáveis têm que prestar atenção com os exemplos que estão dando para a criança.

Uma dica: dê um cofrinho para que a criança tenha onde guardar dinheiro. Essa é uma dica que vale também para crianças bem pequenas, quando elas gostam de juntar moedas sem se dar conta do valor de cada uma.

Explique que é importante poupar dinheiro e, juntos, decidam uma data para abrir o cofrinho e dar um bom uso para o dinheiro acumulado.

Dicas para os jovens

Na internet tem muitas ferramentas importantes e gratuitas para o jovem que quer aprender mais sobre o tema, mas a profissional alerta para tomar cuidado com o excesso de informações.

“Vai vir muita coisa ainda mais quando pensar em investimentos, por exemplo saber que não existe nada fácil, então se tiver alguma coisa dizendo que vai ganhar muito dinheiro rápido e fácil, isso não é verdade. Procurar sempre fontes oficiais”.

Segundo a educadora, na internet é melhor começar pelos órgãos oficiais como o Banco Central, B3 Educação e CVM, que possuem cursos gratuitos e explica noções de economia e finanças, até alguns tipos de investimento. Começar pelas fontes oficiais é o melhor porque aprende a criar filtros e conceitos.

Para investimentos, Ana orienta primeiro a estudar e saber onde você está colocando seu dinheiro.

“Na situação atual, a poupança não tem rendimento bom e ainda tem a inflação e juros altos, porém se você ainda não tem nenhum conhecimento de educação financeira, é melhor que você tenha um dinheiro na poupança do que não ter um dinheiro guardado e tem que ir estudando. Começa sempre pelos investimentos mais simples, a gente tem tesouro direto que é uma coisa bem didática, tem cursos gratuitos no site da B3, porque aí você vai aprendendo e evoluindo. O melhor é o que atende seu objetivo, seu perfil e renda”, explica ela.

A economista dá duas dicas: quanto antes pensar na aposentadoria melhor, mesmo sendo jovem, e sempre ter prudência, pelo fato de querer fazer tudo muito rápido e nesse caminho encontrar pessoas que são mal intencionadas. Sempre desconfiar do que é muito fácil e simples, precisa de um estudo e uma disciplina.

Como usar a tecnologia a favor dos jovens

A tecnologia, além dos bancos digitais que estão crescendo cada vez mais, facilitam muito nesse assunto e podem ser ajuda entre os jovens, já que eles estão sempre conectados.

“Temos aplicativos para controlar as finanças, gratuitos e pagos, e os automáticos onde você conecta com seus app do banco e ele vai fazendo automaticamente e para quem não gosta do automatizado, tem vários manuais também. Além de aplicativos de renda fixa e variável e outros sobre notícias de economia”.