Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução/Redes sociais
Reprodução/Redes sociais

Uma das principais propostas do presidente argentino eleito Javier Milei para controlar a inflação do país é dolarizar a economia. Mas você sabe o que é o processo de dolarização? O jornalismo da TV Cultura consultou especialista e explica o que significa a proposta.

Atualmente, a moeda da Argentina é o peso. Porém, pelo aumento da inflação, que está na casa dos 140% ao ano, e a perda do poder de copra, muitos comércios aceitas o dólar americano na hora das vendas. Isso, por si só, já faz a economia local ser parcialmente dolarizada.

“Quando a sociedade deixa de acreditar na sua moeda, essa moeda perde boa parte das suas funções. E isso é um fator que inclusive corrobora com a aceleração do processo inflacionário. As pessoas não querem mais deter essa moeda”, explica Sílvio Campos Neto, sócio e consultor da Tendência Consultoria.

Leia também: As vantagens e os riscos de uma dolarização na Argentina

O plano de Milei é tirar o peso argentino de circulação e colocar o dólar no lugar. De acordo com economistas, é uma mudança drástica e que afetaria toda a política monetária do país.

“O Banco Central tem que ter reservas suficientes para fazer essa substituição automática o mais rápido possível de todos o seu meio circulante em moeda própria para dólar. Esse é um desafio bastante importante, principalmente em países que tem um baixo nível de reservas”, diz Campos Neto.

De acordo com o governo eleito, a dolarização seria uma maneira de acabar com a hiperinflação. Porém, o preço a ser pago é perder o controle monetário.

“Traz a inflação para níveis próximos dos patamares norte-americanos, dado que você está usando o dólar. Esse é o principal benefício, mas, ao mesmo tempo, impõe uma série de restrições e limites, principalmente o uso da política monetária. E torna a sua economia muito mais sujeita a choques externos, que são aqueles que muitas vezes geram grandes movimentos de capitais, principalmente de saída deles. Uma grande crise mundial ou um evento que aumente o nervosismo, aversão ao risco, com a moeda saindo de um país menor, indo em direção ao mundo avançado, de volta aos estados unidos ou seja qual for o caso, causa um estrago, um dano muito significativo pra economia”, finaliza o consultor.

Leia também: “Não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela”, diz Lula após vitória de Milei

Outros países na América Latina já seguiram esse caminho. O Equador, que possui 17,8 milhões de habitantes, e o Panamá, com 4,3 milhões, adotaram o dólar como moeda principal. O processo nunca foi feito em um país com a economia do tamanho da Argentina.