Os dois candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), fizeram na noite da última sexta-feira (28), realizado pela TV Globo, o último debate do segundo turno das eleições.
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Eles compararam os períodos em que cada um esteve à frente do governo, trocaram acusações de corrupção e de mentiras e prometeram ganhos no salário mínimo.
O ex-deputado Roberto Jefferson, preso no último domingo (3) após atirar contra a Polícia Federal, também foi tema do debate, assim como a compra de viagra paras as Forças Armadas feita pelo governo Bolsonaro.
Antes de encerrar o primeiro bloco, o jornalista William Bonner pediu para fazer um esclarecimento por ter sido citado pelo candidato Jair Bolsonaro.
"Lula, você dizer que foi absolvido? Só se foi pelo Bonner. Se ele vai repetir aqui que você foi absolvido, acho que o Bonner vai ser indicado para um possível e hipotético governo teu para ser ministro do Supremo Tribunal Federal", disse o presidente
Em resposta, Bonner confirmou que na sabatina de Lula ao Jornal Nacional informou que o petista não devia nada à Justiça. "Mas, como jornalista, eu não digo coisas da minha cabeça. Eu disse isso baseado em decisões fundamentadas do Supremo Tribunal Federal", disse.
Acusações de mentiras
Uma das principais pautas do debate foram as acusações mútuas de "mentiroso" entre os dois candidatos.
Quando o tema foi combate à pobreza, Lula disse que 33 milhões de pessoas passam fome no país. Bolsonaro mencionou os valores pagos pelo Auxílio Brasil e pediu para o ex-presidente parar de mentir.
“No nosso governo, segundo Ipea, quem ganha até R$ 10 por dia está abaixo da linha da pobreza. Estamos oferecendo R$ 20 por dia. Para de mentir, Lula, pelo amor de Deus”, disse o presidente.
Lula pediu direito de resposta e afirmou que Bolsonaro sabe “quem mente no país”.
Corrupção
O tema sobre a corrupção foi tratado em diversos momentos do debate. O ex-presidente citou uma reportagem do portal UOL que afirmou que a família Bolsonaro comprou 51 imóveis com dinheiro vivo nas últimas décadas. Lula também mencionou as investigações de rachadinhas contra os Bolsonaro.
Bolsonaro rebateu Lula, mencionou os processos que o ex-presidente enfrentou durante a operação Lava Jato e o chamou de “bandido”.
Covid-19 e saúde pública
O ex-presidente Lula fez críticas ao governo de Bolsonaro no tratamento da pandemia da Covid-19. Ele perguntou para o presidente os motivos que levaram o governo a “negar a doença e a vacina”.
“O Brasil tem 3% da população mundial, entretanto, o Brasil tem 11% das vítimas de covid. Ou seja, três vezes mais do que a média. A pergunta que se faz é a seguinte: por que negligenciamento? Por que passar 45 dias negando a vacina? Por que negar a doença? Por que esconder o seu cartão de vacina?”, disse Lula.
O atual presidente disse que foram adquiridas mais de 500 milhões de doses de vacina e negou ter recusado o imunizante.
“Vacina: nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacina. No dia que a Anvisa autorizou, no mesmo dia começou a aplicar a vacina no Brasil”, afirmou
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