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Iain Macmillan
Iain Macmillan

Há 49 anos nascia “Imagine”, de John Lennon, disco atemporal que permanece na memória dos ouvintes até os dias de hoje. Gravado e lançado em 1971, atingiu o primeiro lugar nas paradas dos EUA e da Inglaterra, tornando-se o trabalho de mais sucesso do ex-beatle.

Mesmo após quase cinco décadas do lançamento do álbum, este ainda permanece atual, por suas letras críticas que abordam temas ligados às causas sociais e às problemáticas do mundo contemporâneo. Para comemorar o aniversário do disco, separamos cinco curiosidades sobre “Imagine”. Confira:

1- Este é considerado o álbum mais intimista da carreira do cantor, que havia se separado dos Beatles ainda nos anos 70 e passava por problemas com os ex-colegas de banda. No período de gravação, o músico ainda estava em meio aos movimentos pelo fim da Guerra do Vietnã, o que o levou a ser vigiado pelo FBI. As músicas refletem o caos diante dos olhos de Lennon, trazendo emoções como a angústia, o arrependimento, o ódio e a melancolia. Em algumas faixas somente, a alegria, a esperança, o amor e a paz foram retratados.

2- A música que deu nome ao disco, “Imagine”, foi uma inspiração de Lennon a partir do livro de poesias “Grapefruit”, escrito por sua esposa, Yoko Ono. Na época, o nome de Yoko não foi incluído nos créditos da música, o que veio acontecer somente em 2017, após 46 anos de seu lançamento.

3- A faixa, inclusive, é rejeitada por padres durante cerimônias fúnebres na Inglaterra. Isso por conta do verso “Imagine there’s no heaven” (“imagine que não exista o paraíso”).

4-  A música é considerada um hino da paz e já foi regravada por vários artistas, entre eles, Madonna, Elton John, Stevie Wonder e Diana Ross. Em 2001, o músico brasileiro Paulo Ricardo ainda fez uma versão em português do single e a regravação foi autorizada pessoalmente pela Yoko Ono.

Yoko Ono e Paulo Ricardo. Foto: RPMbanda

5-  Durante vários anos o trabalho dos Beatles passou pela censura cubana, já que as músicas eram consideradas como veiculadoras de valores morais americanos. Após a saída do cantor do grupo e a vinda de singles como “Imagine” e “Work Class Hero”, John Lennon deixou de ser atrelado a uma figura capitalista e passou a ser encarado como uma personalidade comunista (apesar de sempre ter declarado que não estava ligado a nenhum movimento político). “Imagine” não foi proibida em Cuba, e Lennon ainda foi homenageado por Fidel Castro nos anos 2000, quando foi inaugurada uma estátua do cantor em uma praça que leva o seu nome. Em um azulejo de mármore ao lado da estátua, há a seguinte frase: "Dirás que soy un soñador pero no soy el único" John Lennon, uma tradução em espanhol do trecho de "Imagine".

Estátua de John Lennon em Havana, Cuba. Foto: Næssessary Escape