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Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia, completaria 74 anos em 28 de setembro de 2020. O carioca, nascido no bairro da Tijuca, foi um dos principais responsáveis pela junção do soul e do funk à música popular brasileira

Que o cantor marcou gerações e deixou seu nome registrado na cultura do país, todo mundo sabe. Mas, você conhece a história por trás da fase Racional de Tim Maia, durante a qual o artista se envolveu com uma seita mística, mudou seu estilo de vida, e trabalhou em dois discos? 

A gente preparou uma lista para explicar direitinho essa história. Confira!

1. Universo em Desencanto

O interesse de Tim Maia pela Cultura Racional começou quando o cantor conheceu, em 1974, o livro 'Universo em Desencanto'. De autoria do médium Manoel Jacintho Coelho, a obra cita a existência de um outro planeta de onde nós, humanos, teríamos surgido. Manoel teria recebido todo o conhecimento diretamente da entidade suprema, chamada de Racional Superior. 

O conteúdo do livro mexeu com Tim Maia, que logo resolveu aderir à seita.

2. Nada de bebidas, drogas e sexo

De acordo com o 'Universo em Desencanto', a única maneira dos humanos voltarem a seu planeta de origem, deixando para trás o estado animal em que vivem na Terra, seria a imunização racional. O processo consistiria em seguir os mandamentos descritos no livro. E foi o que Tim Maia fez. Largando o álcool e as drogas, se abstendo do sexo por prazer, vestindo apenas roupas brancas, o cantor passou a viver uma vida regrada. Ele não foi o único que passou a viver de outra maneira: Tim Maia também fez com que os integrantes de sua banda, a Seroma, seguissem o culto.

3. Tim Maia Racional Vol.1 e Tim Maia Racional Vol.2

Quando conheceu a Cultura Racional, Tim estava produzindo seu mais novo álbum de estúdio. Mas o impacto do livro foi tamanho que ele resolveu descartar todas as letras que já estavam prontas, e escrever outras em cima das melodias. Assim nasceram os álbuns Tim Maia Racional Vol.1 e Tim Maia Racional Vol.2, que contam com canções como 'Imunização Racional (Que Beleza)', 'Leia o Livro Universo em Desencanto', 'Contacto Com o Mundo Racional' e 'O Dever de Fazer Propaganda Deste Conhecimento'.

4. Rompimento com a gravadora

Pelos nomes das músicas, dá para notar que o intuito da nova obra de Tim Maia era divulgar o culto do qual fazia parte. Isso preocupou os executivos da RCA, gravadora que tinha dado total liberdade para Tim criar um novo disco duplo. Contudo, partiu do próprio cantor a decisão de romper com a gravadora. Tim comprou os direitos das músicas produzidas e optou por distribuir os álbuns por conta própria. A empreitada não fez muito sucesso, uma vez que poucos estabelecimentos aceitaram vender os volumes.

5. O fim da era

A empolgação de Tim Maia com a seita mística não durou muito. Em setembro do ano seguinte, 1975, o cantor queimou as roupas brancas e voltou à vida de antes. Ainda, gritou para quem quisesse ouvir que o guru Manoel Jacinto era, na verdade, um pilantra.