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1. Nasceu em São Paulo

Por sua forte ligação com Santos e, além disso, sempre ter levado o nome da cidade em suas músicas e shows, muitos acreditam que Chorão é natural da baixada santista. Acontece que o eterno vocalista do Charlie Brown Jr. — falecido no dia 6 de março de 2013 — nasceu em São Paulo, no dia 9 de abril de 1970. Ele foi morar no litoral ainda na adolescência, após a separação dos pais.

2. Apelido

Nascido Alexandre Magno Abrão, ele recebeu o vulgo "Chorão" nos anos 80, pelo skatista Fabio Bolota — durante algumas sessões de skate no Ibirapuera. Isso porque Alexandre costumava ficar de canto e com cara de choro ao errar algumas manobras. Foi aí que Bolota o incentivou a parar de ficar cabisbaixo e colocou o famoso apelido no cara.

3. Primeira experiência como vocal

Chorão sempre teve vontade de ter uma banda para tocar apenas em campeonatos de skate, pois, até então, não tinha a intenção de levar a música para o lado profissional.

Um dia, ao assistir um show em Santos, viu que o vocalista da banda precisou precisou ir ao banheiro e se ausentou por alguns minutos do público. Naquele momento, Chorão aproveitou a brecha, subiu ao palco, pediu para que os instrumentistas puxassem a música "War Inside My Head" — da banda californiana Suicidal Tendencies — e começou a cantar.

Quando o rapaz voltou do banheiro, as pessoas não queriam mais ele — pois gostaram tanto de Chorão como vocalista que começaram a gritar para que ele permanecesse como frontman.

4. Metaleiro

No mesmo dia do episódio em que se aproveitou de uma oportunidade para mostrar seu talento, Chorão passou a exercer um papel bem diferente do que faria posteriormente com o Charlie Brown Jr.: teve sua primeira chance concreta e foi convidado para ser vocalista de uma banda de metal chamada "What's Up" — com músicas somente em inglês.

5. O nome Charlie Brown Jr.

Quando a "What's Up" se desfez, Chorão decidiu que montaria a própria banda, mas ainda não havia encontrado um nome. Ao dirigir em um dia chuvoso em Santos, Chorão acabou perdendo o controle do carro, derrapou e, consequentemente, atropelou uma barraca de coco com o nome "Charlie Brown". Para ele, isso foi um grande sinal para batizar o grupo e, assim, nasceu o Charlie Brown Jr.

O "Jr." foi acrescentado pois Chorão acreditava que eles eram os juniores de uma forte cena do rock nacional dos anos 80 e início dos 90.

Leia também: Webstory: Curiosidades sobre Chorão


6. Dificuldades do início

Para fazer o Charlie Brown Jr. acontecer, Chorão passou apuros. Ele chegou a passar fome, foi despejado de uma pequena casa que morava — conforme relata a música "Confisco" — e, em determinado momento, vendeu algumas coisas da casa de seu pai para arcar com custos de fita demo, instrumentos, etc.

7. Fez um filme

Chorão nunca escondeu sua paixão por artes em suas diversas formas, entre elas, o cinema. Ele foi o responsável por dirigir alguns clipes do Charlie Brown Jr. e, enfim, acabou escrevendo um filme intitulado "O Magnata" — lançado em 2007 e dirigido por Johnny Araújo.

O longa conta a história do personagem Magnata, um rockstar que vem de família rica, interpretado pelo ator Paulo Vilhena. Com traumas da infância por conta do casamento problemático de seus pais, ele se envolve em situações que causam consequências graves em sua vida pessoal.

Ele chegou a escrever um segundo filme chamado "O Cobrador", e o roteiro está nas mãos de Alexandre, filho de Chorão.

8. Polêmicas

Alguns momentos conturbados marcaram a carreira do cantor, como quando se envolveu em um acidente de carro em março de 2005, em Santos.

Já o episódio mais polêmico aconteceu um ano antes, em julho de 2004, quando Chorão deu um soco e uma cabeçada em Marcelo Camelo, vocalista do Los Hermanos, no aeroporto de Fortaleza.

Segundo Camelo, houve um mal-entendido da parte de Chorão por conta de uma entrevista sua à extinta revista "Oi", em que falou sobre um comercial de TV para uma marca de refrigerante — estrelado pelo líder do Charlie Brown Jr.

Em 2009, Chorão contou sua versão da história no programa "Ensaio", da TV Cultura:



9. Solidário em silêncio

Durante toda sua carreira, Chorão apadrinhou diversos projetos sociais e ajudou muitos necessitados, mas sempre fez questão de que essas boas ações não fossem divulgadas — já que muitas delas só vieram à tona depois de sua morte.

Ele pagou perna mecânica e cadeira de rodas para pessoas que não tinham condições, ajudou ONGs que tiram crianças das ruas e levam para o esporte, abriu mão de cachês de shows para que fossem revertidos às comunidades carentes pelas cidades que passava e outras tantas atitudes do músico.

Talvez seu maior ato solidário tenha sido quando arcou com toda a parte financeira na construção de um prédio no Hospital do Câncer de Barretos, atual Hospital de Amor. Trata-se do alojamento dos motoristas que transportam os pacientes do hospital. O complexo leva o nome do pai de Chorão, Geraldo Abrão de Jesus, que morreu de câncer.

10. Vida pessoal

É de conhecimento público que Chorão era primo da apresentadora Sônia Abrão. O que muitos não sabem é que Marcelo Nova — vocalista da icônica banda Camisa de Vênus — foi padrinho de casamento de Chorão em sua união com a estilista Graziela Gonçalves, em 2003.