Fundação Padre Anchieta

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Divulgação/Instituto IDEAK
Divulgação/Instituto IDEAK

1. Era educador, autor e tradutor

Além de divulgador do espiritismo, o francês nascido em Lyon estudou na Suíça e se formou em Ciências e Letras com apenas 18 anos. Foi membro de sociedades acadêmicas como o Instituto Histórico de Paris, Academia Real de Arras e a Real Academia de Ciências Naturais. Lutou pela democratização do ensino público, tendo publicado obras sobre o assunto após 1834, quando lecionava.

Por ser fluente em idiomas como o alemão, inglês, neerlandês, italiano e espanhol, Kardec traduziu inúmeras obras para o francês.

2. Seu nome não era Allan Kardec

O nome verdadeiro de Kardec era Hippolyte Léon Denizard Rivail. Ele adotou o pseudônimo “Allan Kardec” quando teve contato com uma entidade que revelou que, em sua vida passada, Hippolyte era um celta chamado Allan Kardec. Foi nessa época, por volta de 1855, que se interessou pelo espiritismo.

Na série “Em Busca de Kardec”, o cineasta francês Karim Akadiri Soumaila descobre que o próprio Kardec se aproximou do espiritismo depois de lutos pessoais. Ele foi contemporâneo do terceiro surto mundial de cólera (1846-1860), que ceifou milhares de vidas, e viveu cercado de tensões políticas, das Revoluções de 1830 e de 1848.

3. Primeira sociedade espírita e O Livro dos Espíritos

Kardec publicou o “O Livro dos Espíritos” em 1857, livro que se tornou um dos marcos do Espiritismo por conter seus princípios. Contando com este, ele publicou uma série de cinco obras sobre espiritismo de 1861 a 1868, dentre elas “Guia dos Médiuns e dos Evocadores” e “A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo”.

Na mesma época, Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, a primeira sociedade espírita regularmente constituída.

Veja imagens: Curiosidades sobre Allan Kardec

4. Utilizou teorias da frenologia em seus estudos

Kardec, membro da Sociedade de Frenologia de Paris, utilizou teorias da frenologia - sobre uma suposta superioridade racial dos brancos europeus com relação a outras etnias - em seus estudos. Mesmo Kardec não concordando totalmente com elas, as teses lhe serviram de base para analisar o Espiritismo como "a única chave possível de uma multidão de problemas", uma vez que a ciência apontava para essa suposta superioridade.

Independente de Allan Kardec concordar ou não com tais teses, as teorias baseadas na frenologia são atualmente consideradas racistas. Por isso, desde 2007, editoras que publicam as obras de Kardec devem adicionar uma nota de esclarecimento e de suposto conteúdo discriminatório, por Termo de Ajustamento de Conduta estipulado pelo Ministério Público Federal, visto que a frenologia é citada.


5. Morreu por um aneurisma

Kardec faleceu aos 64 anos, em 1869. Estava escrevendo uma publicação sobre o Magnetismo, o Espiritismo e a relação entre os dois, mas foi interrompida pela ruptura de um aneurisma.

Seu lema "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei" está inscrito em seu túmulo no Cemitério do Père-Lachaise, em Paris.