Fundação Padre Anchieta

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A 26ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo traz o tema do voto com a frase “Vote com orgulho por uma política que representa”, apontando a necessidade de políticas de direitos humanos. Com base em seu compromisso ético com todos os sujeitos, psicanalistas têm trazido à luz o debate sobre a escolha da identidade.

O movimento LGBT é uma causa de caráter civil e social que luta pelo reconhecimento e a representatividade de pessoas LGBT na sociedade. Apesar de não possuir uma organização centralizada, existem organizações e representantes voltados à causa pelo mundo todo.

Segundo a psicanalista Fernanda Zacharewicz, da Aller Editora, “as questões de gênero e as escolhas do sujeito estão presentes no dia a dia na fala de nossos pacientes. Ignorar esses ditos é opor-se à essência da invenção freudiana, a psicanálise”.

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1. A identidade: escolha ou destino? 

O psicanalista Luis Izcovich nos mostra que, ao longo da vida, o sujeito constrói sua maneira de ser baseado nas diversas identificações que formou com aqueles com que conviveu, aproximando-o de alguns grupos ou também afastando-se de outros. Essa pseudo-igualdade entre os que pertencem a determinados grupos pode vir a justificar a discriminação de nacionalidades, etnias ou escolhas sexuais, culminando na mais profunda segregação.

A tese de Izcovich é a possibilidade de o sujeito desvestir-se dessas identificações e de descobrir no processo analítico uma identidade única, que diz que si mesmo, diferenciando-o de qualquer outra pessoa. E essa profunda diferença é compartilhada por todos.

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2. A diferença sexual: gênero e psicanálise

Organizada pelo psicanalista Mariano Daquino com textos de Antonio Quinet, Sandra Berta, Sonia Alberti e Christian Dunker, a obra aborda a necessidade do analista olhar para o singular em meio ao coletivo, considerar as novas formas de mal-estar na cultura como a segregação e a discriminação das minorias sociais e sexuais com seus correlatos identitários, promovendo o respeito pela diferença que marca a posição desejante ética e singular. 

3. Uma psicanálise por vir: repensando a psicanálise do séc. XXI 

A partir da palestra de Paul B. Preciado, a psicanalista Patrícia Gherovici debate a presença da tradição heteronormativa e a relação pungente entre a mulher e a procriação como regra no processo do divã, espaço que deveria ser um lugar de metamorfoses, mudanças e segurança para o indivíduo. Patrícia defende a urgência de um debate franco entre os psicanalistas de nosso tempo.

4. Faces do Sexual

Organizado por Rafael Kalaf Cossi, a obra traz textos de Carla Rodrigues, Vladimir Safatle, Patricia Gherovici, Pedro Ambra, Suely Aires, Patricia Porchat, Christian Dunker e Beatriz Santos, consolidando um debate transparente sobre o estudo de gênero e sexualidade, a necessidade da desconstrução de preconceitos e dos limites presentes na tradição da psicanálise. O sujeito deste novo tempo deve ser analisado considerando o conteúdo presente em sua fala, e as novas formas de vivência da sexualidade põem o tema em lugar central da teoria psicanalítica atual.