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Divulgação/TV Cultura/Lara Asano
Divulgação/TV Cultura/Lara Asano

Marcelo Tas entrevista, no Provoca desta terça-feira (28), o teólogo, escritor e professor Leonardo Boff. Ele conta na entrevista sobre a sua amizade com o Papa Francisco, critica o conservadorismo do Vaticano, fala sobre o perdão, seu livro “O Casamento Entre O Céu e a Terra, Contos dos Povos Indígenas do Brasil” e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

Ex-padre, Boff começa a edição contando sobre sua amizade com o Papa Francisco. “Nós ficamos amigos no tempo em que ele era jesuíta, 1972, demos palestra juntos em Buenos Aires, ele falando sobre o carisma dos Jesuítas e eu dos Franciscanos, já nos conhecíamos ai". E Tas pergunta: me parece que ele te mandou uma foto? "Lá de Roma, porque a gente se corresponde, pegou uma foto do arquivo dele e me mandou”, conta.

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O teólogo fala sobre o que nós temos que aprender com os indígenas. “Eles são os nossos mestres e doutores na relação com a natureza, pede licença para entrar, se derruba uma árvore faz o rito de desculpa, porque diz vou ter que fazer um remo, uma porta, e planta outras duas. Nós perdemos essa intimidade e desrespeitamos a natureza”, diz Leonardo.

Em outro momento da edição, Tas pergunta se a igreja católica deveria se preocupar com o aumento dos evangélicos no Brasil. “Pelo número de católicos que temos, deveríamos ter 100 mil padres para atender a demanda. Temos 17 mil, sendo 8 mil estrangeiros (...) institucionalmente a igreja católica é um fracasso. E como ela quer impor o celibato, muitos não aceitam, querem amar, ter filhos, família, gostariam de ser padre, mas não desse jeito, então ela é culpada disso”, afirma Boff.

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Por fim, o teólogo conta sobre sua conversa com o presidente eleito, Lula, quando estava na prisão. “Ele aprendeu a ser mais humilde, a escutar mais. Ele disse: ‘Boff, estou ligado aos movimentos sociais, sou um sobrevivente da fome (...), tenho 77, vou chegar aos 80 anos, então vou fazer uma política, a mais justa, equilibrada possível. No social quero radicalizar porque é a última chance que eu tenho na minha vida (...) quero ajudar os invisíveis’”.