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Liga SP se opõe às "falas de cunho racista" de presidente da X9

Mestre Adamastor assumiu a “ignorância” sobre o tema e a escola apontou o caso como um “mal entendido"


21/02/2023 17h17

A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo repudiou, em nota divulgada nesta terça-feira (21), as falas de cunho racista manifestadas durante o início do desfile da X-9 Paulistana pelo presidente e mestre Adamastor, no último domingo (19).

Na ocasião, Adamastor pediu para os membros da escola de samba fecharem o punho e levantarem os braços. Ao questionar se sabiam o que significava o símbolo, o mestre afirmou que não representava “p* nenhuma” sem cantar.

Em nota, a Liga reforçou que o Carnaval é “uma festa cuja identidade é essencialmente negra”, por isso se opôs às falas “manifestadas por falta de conhecimento”.

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“Um punho cerrado é um símbolo da luta antirracista, que expressa a unidade, a força e o orgulho do povo preto. A Liga-SP não compactua com a fala equivocada de um presidente, manifestada durante o Carnaval SP 2023, e vai tomar as medidas cabíveis internamente”, diz a nota.

Em pronunciamento nas redes sociais da X-9 Paulistana, o Mestre Adamastor atribui à fala a sua ignorância sobre o tema. “Tive a infelicidade de usar um termo, que hoje eu aprendi, que faz parte do princípio da resistência negra”, disse o presidente.

“Toda comunidade xisnoveana presente entendeu que a ali a intenção era motivar os integrantes da escola e que não houve nenhuma relação com banalização ou racismo, isso JAMAIS seria tolerado”, diz a publicação.

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