A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo repudiou, em nota divulgada nesta terça-feira (21), as falas de cunho racista manifestadas durante o início do desfile da X-9 Paulistana pelo presidente e mestre Adamastor, no último domingo (19).
Na ocasião, Adamastor pediu para os membros da escola de samba fecharem o punho e levantarem os braços. Ao questionar se sabiam o que significava o símbolo, o mestre afirmou que não representava “p* nenhuma” sem cantar.
Em nota, a Liga reforçou que o Carnaval é “uma festa cuja identidade é essencialmente negra”, por isso se opôs às falas “manifestadas por falta de conhecimento”.
Leia também: Guns N' Roses anuncia turnê mundial
“Um punho cerrado é um símbolo da luta antirracista, que expressa a unidade, a força e o orgulho do povo preto. A Liga-SP não compactua com a fala equivocada de um presidente, manifestada durante o Carnaval SP 2023, e vai tomar as medidas cabíveis internamente”, diz a nota.
Em pronunciamento nas redes sociais da X-9 Paulistana, o Mestre Adamastor atribui à fala a sua ignorância sobre o tema. “Tive a infelicidade de usar um termo, que hoje eu aprendi, que faz parte do princípio da resistência negra”, disse o presidente.
“Toda comunidade xisnoveana presente entendeu que a ali a intenção era motivar os integrantes da escola e que não houve nenhuma relação com banalização ou racismo, isso JAMAIS seria tolerado”, diz a publicação.
Leia também: Globo de Ouro revela a data da 81ª edição do prêmio
REDES SOCIAIS