O Dj sueco Eric Prydz retornou ao Brasil na noite da última quinta-feira (28) com seu show audiovisual Holo. A festa aconteceu na Arca, casa de eventos localizado na zona oeste da capital paulista. É a segunda vez que o artista vem ao país com seu show autoral.
Para quem esperava uma apresentação parecida com a de 2022, se enganou. O artista não se acomodou e reformulou praticamente tudo. Novos hologramas, mais efeitos especiais e muitas músicas novas.
Quem já tinha visto o show ao vivo antes, se impactou com uma nova experiência. Para quem viu pela primeira vez, ficou com os olhos brilhando.
Além de Prydz, também se apresentaram no evento o britânico Cristoph e os brasileiros Dot e JP Castro.
O sueco ainda fará uma outra apresentação em São Paulo nesta sexta-feira (29) e encerra sua passagem pelo Brasil no sábado (30) no Green Valley, em Santa Catarina.
Show reformulado
Em outubro de 2022, quando veio pela primeira vez ao Brasil como Holo, Prydz tinha uma temática de show muito bem definida. Os hologramas remetiam quase 100% filmes sci-fi. Não que eles tenham sumido, mas diminuíram bastante. O foco agora é tecnologia terrestre, como inteligência artificial, segurança e privacidade.
Ao invés de projeções de naves espaciais e seres de outras galáxias, Prydz adicionou artes de câmeras de segurança, controle remotos e até um celular gigante filmando toda plateia. Além disso, é importante ressaltar a qualidade das animações. Os designers criaram artes ainda mais realistas
Algumas pirotecnias clássicas dos shows de música eletrônica também foram adicionadas ao show, como o CO2. Mas isso foi feito de uma maneira muito criativa. A produção não colocou um canhão embaixo do palco para jogar fumaça para o alto. Ela é móvel e, cada vez que era acionada, estava em um lugar diferente do palco. E o melhor, encaixava perfeitamente com a projeção que estava na tela.
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Em relação à música, o Dj usou muito do seu repertório secreto. Muitas músicas que ainda não estão disponíveis nas plataformas digitais. O que torna o show ainda mais especial, porque fica uma sensação no público de ouvir a música pela primeira vez e apenas naquele lugar. Tocar apenas as canções que já estão disponíveis no Spotify seria um grande desperdício.
Então, alguns dos maiores hits do artista, como “Allein”, “Pjanoo” e “Call on Me”, foram substituídas por “HOLO Hi Ibiza 2023 ID 01”, “HOLO ARC 2023 ID” e “Pryda - Ushuaia 2023 ID” (sim, essa é a forma como as músicas são identificadas pelo artista).
E essas são, provavelmente, as maiores qualidades do sueco. Ele poderia sentar no sucesso e rodar o mundo com mesmo show por meses. Depois de ganhar muito dinheiro, ficaria em casa descansando. Mas não. Foram 17 meses de diferença entre as duas apresentações no Brasil. Neste tempo, ele produziu muitas músicas e todo um show novo. Não se acomodou, seguiu trabalhando e está melhor do que nunca.
Projetos paralelos
Para quem é fã recente de Prydz, é importante lembrar que ele possui projetos de músicas paralelos. Ele também assina músicas como Pryda e Cirez D. Mesmo sendo a mesma pessoa, o perfil das canções são diferentes.
Na segunda hora do seu set, ele deu espaço para as músicas desses projetos. Foi o momento que o grave ficou mais potente e os lasers foram muito acionados.
Clássicos no fim
Para quem é apegado aos clássicos, fique tranquilo que eles não deixou de tocar algumas. Já na parte final da apresentação, ele tocou “Generate” e “Opus”, duas das principais canções do álbum “Opus”, de 2016. Além disso, abriu uma exceção para uma canção que não é dele. Ele fez um mashup de “Everyday My Life”, de Dajae, com “One More Time”, do Daft Punk.
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Para quem quer curtir essa experiência in loco, ainda é possível. Ainda há ingressos disponíveis no site da Eventim.
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