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Reprodução/Instagram/@sotrackboa
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O segundo dia de Só Track Boa São Paulo chegou ao fim na madrugada deste domingo (16). Mais de 20 DJs se apresentaram nos três palcos do evento, com destaque para Vintage Culture, maior atração do festival, Victor Lou, que estreou seu projeto intitulado ‘Victor Lab’, e as atrações internacionais mais voltadas para o techno.

O evento aconteceu na Neo Química Arena. Foi a primeira vez que o estádio corintiano sediou o evento. O Autódromo de Interlagos e o Canindé foram as casas anteriormente.

Para quem já está com saudade, não é preciso. Só Track Boa retornará ainda este ano. Os organizadores já anunciaram uma edição em Belo Horizonte no dia 14 de setembro.


Mudanças nos palcos

Para o segundo dia, a organização fez algumas alterações nos perfis de shows de cada um dos palcos. No MainStage, muitos artistas estrangeiros ganharam espaço. Massano, Joris Voorn, Kölsch e Camelphat entraram nos lugares dos projetos brasileiros. Com isso, também se mudou o estilo de som.

Os artistas que fazem mixagem com funk, como Classmatic, foram para o palco 2, ao invés de ficar apenas no palco 3.

No LoveLab, DJs do afrohouse ganharam espaço. Francis Mercier e Curol, dois nomes de destaque na cena, foram escalados.

Vintage Culture, o dono da festa

As maiores expectativas para o segundo dia do evento era para apresentação solo de Vintage Culture. No primeiro dia, ele fez um show em conjunto com Anna.

Vale ressaltar que, mesmo em um ambiente de música eletrônica, Lukas Ruiz é tratado como um astro do rock. Camisetas, faixas e bandeiras foram ostentadas por todo estádio. Se ele aparecesse em algum lugar, não conseguiria se mexer. 

A grande mudança em relação ao set dele comparado as outras edições foi horário. Antes, era comum ele se apresentar de madrugada, quase sempre no momento do sol nascendo. Desta vez, começou a tocar 22h30. Isso fez com que o público chegasse bem mais cedo ao festival. Antes das 22h, a pista já estava completamente cheia.

O setlist foi montado baseado em seu álbum “Promised Land”. Das 16 músicas lançadas, nove foram tocadas no set (Promised Land, Nothing Ever Changes, Hero, Weak, Chemicals, Still Don’t Know Just What I Want, Time, Just Like Home e Find a Way). Outras canções mais recentes, como “Tina” e “Fallen Leaf”, foram repaginadas. É possível dizer que é o set mais moderno possível do artista.


Mas ele também é generoso com os fãs mais antigos. Para muitos, essa é a única chance de vê-lo no ano. Então, fez questão de tocar alguns dos antigos sucessos, como “In the Dark”, “Losing” e “Bros”.

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Outra grande mudança foi o encerramento. Ao invés de tocar seu tradicional “Manifesto”, fez uma homenagem a Ayrton Senna.

Estrangeiros ganham protagonismo

Se no primeiro dia, os DJs brasileiros dominaram a festa, no segundo, os artistas internacionais conquistaram seu espaço. Massano foi o primeiro no palco principal. Seu nome foi muito comemorado no anúncio do line-up. Ele correspondeu com um apresentação muito potente: grave forte e os famosos remixes que conquistaram a Afterlife.

Depois, entrou Camelphat. Mesmo o duo britânico já ter vindo ao país nos últimos meses, eles fizeram um set parecido com o que estão fazendo na residência em Ibiza, na Espanha. No início, grave forte e pouco vocal. Os hits “Night After Night”, “Sign” e “For a Feeling” ficaram para o final.

O B2B entre Joris Voorn e Kölsch pode ser colocado entre as melhores apresentações da festa. Os dois uniram suas melhores produções em um único set. Esse foi um presente para os grandes fãs de música eletrônica, que só viam uma atração assim em festivais estrangeiros.

No palco OCA, Franky Rizardo fez sua estreia no festival. Ele é um dos principais nomes do house music depois da pandemia da Covid-19. A expectativa é que ele possa entrar no circuito de festas brasileiras, assim como aconteceu com Claptone, Fisher e Kölsch.

Novos projeto no palco 3

O diferencial do palco três foi a apresentação de novos projetos musicais na cena eletrônica brasileira. Primeiro, o Sapiens, criado pelos irmãos Pedro e Lugui, do Cat Dealers. Segundo, o Victor Lab, de Victor Lou. Ambos trouxeram uma sonoridade diferente para suas apresentações. Lou chegou a levar um cantor e um guitarrista, algo bem parecido com o WhoMadeWho.

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