Os fãs de 'Cidade de Deus' vão poder retornar ao universo do clássico de Fernando Meirelles e Kátia Lund esta semana com a série em seis episódios ‘Cidade de Deus: A Luta Não Para’, que estreia neste domingo (23) na Max.
A nova produção, que tem direção do indicado ao Emmy Internacional Aly Muritiba, acompanha Buscapé (Alexandre Rodrigues), agora um experiente fotojornalista que aparenta cansaço de cobrir a violência nas favelas do Rio de Janeiro nos anos 2000, provocadas pelo confronto entre policiais, traficantes e milicianos.
Paralelo à história de Buscapé, que após conseguir sucesso na carreira de jornalista quer ser chamado apenas de Wilson, o seriado traz ao público a trama da saída da cadeia de Bradock (Thiago Martins), que, ao lado da ambiciosa namorada Jerusa (Andréia Horta), quer retomar seu papel no tráfico de drogas da Cidade de Deus, mas encontra um obstáculo na figura do chefe do crime organizado da favela e uma espécie de pai adotivo Curió (Marcos Palmeira), que passou o “trabalho” para o filho biológico.
Assim como no filme de 2002, a série retrata a banalização da violência e do crime na periferia. No cotidiano dos moradores da favela, os jovens cooptados pelo crime e líderes do comércio ilegal de drogas permeiam a sociedade nos jogos de futebol, festas, eventos culturais e espaços públicos.
A produção relembra que, para o bem ou para o mal, a imagem dos criminosos perante parte considerável da comunidade é menos maniqueísta e vilanesca do que o mostrado fora da periferia e nos programas policiais, fato que torna o combate ao crime mais complexo e desafiador.
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Um contraste fornecido pela narrativa se encontra na figura de Buscapé. Enquanto o telespectador que assistiu ao filme de 2002 e retorna para o universo em 2024 é exposto à normalização da violência por parte da maioria dos personagens, o fotojornalista, que viveu na pele a situação e aproveitou a mesma para construir uma carreira, anseia em mudar sua área de atuação por não aguentar mais tantos quadros de crueldade.
Falando em combate ao crime, a lei na série é encarnada no personagem de Reginaldo (Kiko Marques), secretário de Justiça do RJ e PM responsável pela morte de Zé Pequeno nas mãos dos Caixa Baixas, grupo de crianças liderado por Bradock que “herdou” a criminalidade na CDD, no longa original.
Além da guerra entre tráfico e polícia no Rio, ‘Cidade de Deus: A Luta Não Para’ ainda se propõe a mostrar como o surgimento e fortalecimento das milícias afetou essa disputa de poder.
Além de Buscapé e Bradock, retornam do filme para a série personagens como Cinthia (Sabrina Rosa), Berenice (Roberta Rodrigues) e Barbantinho (Edson Oliveira).
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