Em sequência à série de entrevistas especiais em homenagem aos 70 anos da TV brasileira, o apresentador Luciano Huck falou ao ‘Os Campeões de Audiência’, sobre a carreira na telinha e as projeções para o futuro dela.
Huck já fez parte de diversos programas na TV aberta, como o “Circulando” na CNT (rede de televisão com matriz em Curitiba), o “H”, na Rede Bandeirantes e o atual “Caldeirão do Huck” na Rede Globo. O apresentador explica que seu sucesso na televisão foi construído pelo gosto em comunicar e a curiosidade em aprender.
“Não sou uma carinha bonita da televisão brasileira, não sou um multi-instrumentista, eu não sou um ‘Showman’, sou uma pessoa de comunicação. Não gosto da vaidade da televisão, eu gosto de contar histórias, tocar as pessoas e mais ouvir do que falar”, declara.
Com cerca de 20 anos de espaço na TV brasileira, Luciano Huck assumiu o horário de José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha, o “Velho Guerreiro”. O apresentador é uma referência histórica, para o próprio Huck e muitos outros, se tratando do comando de programas de auditório.
“Me orgulho muito. Lá na frente, quando meus filhos forem relembrar a carreira do pai na história da televisão brasileira, terá um capítulo que foi escrito entre o século 20 e o século 21, em que o sábado foi do Abelardo Barbosa e depois do Luciano Huck”, diz.
Com a chegada da pandemia de Covid-19, a dinâmica de produção dos shows televisivos foi alterada de forma nunca vista antes. Novelas e programas de auditório foram substituídos por reprises e atrações sem público. Segundo Luciano, “estamos vivendo uma coisa que ninguém imaginou”.
“Fomos o primeiro programa da emissora a voltar a gravar. Foi uma sensação de vitória, mas depois que passou a euforia veio a realidade. 'Mas vai ser assim para sempre?’, ‘Isso não é tão legal!’. Televisão é criação, é trocar ideia, é construir junto e isso a gente perdeu”, comenta o apresentador.
Huck chama atenção para o importante papel da imprensa na cobertura da crise causada pelo novo coronavírus, que foi capaz de “explicar para as pessoas o que estava acontecendo”. Segundo ele, “o jornalismo prestou um serviço de utilidade pública inigualável num momento de tanta disfuncionalidade do poder público no Brasil, de tanta irresponsabilidade em relação a como lidar com a pandemia. O jornalismo como um todo, Cultura e Globo, tiveram mérito nesse quesito”.
O dono do horário das tardes de sábado na televisão completa dizendo que a falta de acesso às outras plataformas de conteúdo, como os serviços de streaming, por parte da população brasileira, influencia no consumo da TV aberta. “Ela tem muita força, ainda, por essa desigualdade social que a gente vive”, opina Huck.
Assista a entrevista completa de Luciano Huck para Os Campeões de Audiência:
REDES SOCIAIS