Na estreia do São Raimundo, do Amazonas, na série D do Brasileirão no último domingo (17), não foi a vitória que chamou atenção. Nas arquibancadas, foi flagrado um homem com uma tatuagem de um símbolo nazista nas costas. O desenho era uma águia, um dos símbolos do partido nazista na Alemanha.
O homem ainda não foi identificado pelo clube amazonense e nem pelas autoridades locais. Pelas redes socais, a diretoria do São Raimundo publicou uma nota dizendo que repudia qualquer manifestação nazista e irá bani-lo do estádio por toda a vida.
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“O São Raimundo Esporte Clube vem a público, repudiar a atitude deste indivíduo em que nada representa a história do clube do povo. O São Raimundo condena veementemente toda e qualquer manifestação favorável àquilo que foi uma das maiores máculas da história mundial! Este indivíduo, uma vez identificado, não mais adentrará as dependências do estádio em dias de jogos do Tufão. Além disso, encaminharemos formalmente uma denúncia aos órgãos criminais para que haja a devida investigação e persecução penal”, diz o clube em nota.
Sobre o jogo
O São Raimundo-AM venceu o São Raimundo-RR por 2 a 1, de virada. O volante Tiago Amazonense abriu o placar, contra, mas Derlan empatou aos 44 minutos e Raílson, aos 48 minutos do segundo tempo, virou para a equipe do Amazonas.
Não é caso isolado
Em fevereiro deste ano, um torcedor do Brasil de Pelotas foi agredido e expulso do estádio por conta de uma tatuagem que fazia alusão ao nazismo. Ele trazia a frase em seu corpo “Mein Kampf” nas costas e a “Cruz de Ferro” no braço.
Assim como o São Raimundo, o clube também emitiu uma nota repudiando qualquer manifestação nazista.
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"Graças a gerações de xavantes que ao longo de 110 anos nos trouxeram até aqui, o Brasil tem na própria história um instrumento contra qualquer discurso ou ato de discriminação. O amor aos muitos que somos é parte da beleza do clube.
É por essa consciência histórica que aqueles, que se sentem representados pelos discursos de ódio infelizmente cada vez mais comuns, são e sempre serão repelidos da Baixada. Quem diz isso não é só o clube, como instituição”.
Além disso, estudos mostram como as manifestações de grupos neonazistas cresceram desde o início do governo Bolsonaro em janeiro de 2019. Atualmente, o país tem cerca de 530 núcleos, que agrupam aproximadamente 10 mil pessoas.
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