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Reprodução/Instagram @deboravanin
Reprodução/Instagram @deboravanin

A brasileira Débora Vanin, de 27 anos, é um dos grandes nomes do futsal brasileiro na atualidade. A ala foi eleita a melhor jogadora do Campeonato Italiano da última temporada. Em entrevista ao site da TV Cultura, a jogadora, que é natural de Chapecó (SC) e joga no TikiTaka Francavilla, contou os desafios do esporte e da carreira.

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A ala disse que iniciou no futsal ainda criança e sempre se divertia no esporte. “Acredito que com o passar do tempo, fui me tornando uma atleta profissional. Comecei a treinar e jogar futsal aos meus 10 anos, onde eu só queria saber de me divertir e jogar. Tornar-me uma profissional foi a maneira que encontrei de levar o futsal como um trabalho”.

Apesar de ganhar notoriedade no futsal, a jogadora também passou pelo futebol de campo e não descartou um possível retorno.

“Participei de todas as categorias de escolinha jogando futsal, mas também tive experiências jogando campo, por exemplo, com a Seleção sub-20 de futebol, onde fomos campeãs da Copa América. Ainda estive com a Seleção Brasileira universitária, onde disputamos o Universíade na Coreia do Sul. Também com a Chapecoense de futebol feminino disputamos o Brasileirão e a Copa do Brasil. Sempre quis jogar futsal, mas não descarto a possibilidade de algum dia jogar em campo novamente”, disse Débora.

Atual momento do futsal feminino no Brasil

Assim como o futebol feminino, o futsal também sofre com a falta de apoio de marcas e investidores. Para Débora, o esporte ainda está muito atrás de onde ele merece realmente estar.

“Não é uma realidade muito positiva para muitas equipes de futsal feminino no Brasil, mas isso nunca foi um motivo para que os clubes e atletas deixassem de ser profissionais. Pelo contrário, vejo muitas atletas que levam esse esporte como uma profissão”.

A jogadora do TikiTaka Francavilla, relembrou que o futsal feminino é o maior vencedor de mundiais da história, mesmo não sendo reconhecido pela FIFA, e hexacampeão da América.

“Sinceramente, não tem uma resposta concreta, pois não temos um mundial de futsal feminino desde 2015 e eu acredito que para ser respeitado no esporte, uma grande parte disso significa as conquistas que você obteve, e o Brasil não tem oportunidade de demonstrar isso”, disse a atleta.

A jogadora ainda relembrou que a Seleção Brasileira de Futsal fez apenas um encontro neste ano, uma vitória e um empate contra Portugal e uma derrota contra a Espanha.

“O discurso é sempre o mesmo, a falta de comprometimento das entidades responsáveis pelo futsal. Se as federações e a confederação não têm um cuidado com esse esporte, os clubes não conseguem revolucionar o futsal. Buscar ter um calendário mais bem estruturado, proporcionar uma visibilidade maior dos jogos são alguns exemplos. Alguns jogos foram transmitidos pela TV, mas muitos outros deixaram de ter transmissão aberta, jogos de altíssimo nível que deveriam ser transmitidos para o mundo inteiro”.

Futsal na Europa

Débora afirmou que o futsal no continente europeu foi o caminho que ela encontrou para continuar atuando na modalidade e conseguir uma estabilidade financeira na carreira.

“Falando de futsal feminino, não posso dizer com certeza que vindo para Europa você vai encontrar uma estabilidade financeira na carreira, pois não se encontra estabilidade em todos os clubes. Mas muitas atletas trabalham fora do esporte para poder conquistar uma vida melhor, e acredito que a maioria encontre isso aqui na Europa”.

A ala do TikiTaka Francavilla diz que a modalidade merece estar entre os esportes olímpicos. “É um esporte conhecido pelo mundo inteiro. Para mim, o futsal é uma escola para ingressar no futebol”.

“Não ter o futsal nas Olimpíadas é algo inacreditável e inaceitável para o esporte. Antes disso, o futsal feminino merece ter um mundial, merece ter mais convocações, mais competições, melhor organização. Estaremos lutando e aguardando para que um dia o futsal vire olímpico e possa trazer alegrias e muitas conquistas para o Brasil”. Conclui a atleta.

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