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A Operação Penalidade Máxima, que apura a manipulação de jogos de futebol, descobriu que cartão amarelo, vermelho, pênalti e escanteio estão entre os lances exigidos pelos apostadores e aliciadores para os jogadores investigados.

De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), três suspeitos foram presos em São Paulo e 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo pelo menos nove deles em casas de atletas.

Segundo o MP, a operação está na segunda fase. A primeira etapa da investigação foi deflagrada em fevereiro deste ano e uma pessoa chegou a ser presa na época.

Na segunda fase, quatro atletas suspeitos de envolvimento já foram identificados, são eles:

Victor Ramos, ex-Palmeiras, Vasco e Vitória, e atualmente zagueiro na Chapecoense;

Igor Cariús, lateral-esquerdo do Sport Recife;

Kevin Lomonaco, jogador do Red Bull Bragantino;

Gabriel Tota, jogador do Esporte Clube Juventude.

Durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (18), o MP detalhou quais foram os 11 jogos que são alvos da segunda fase da operação e explicou quais foram as ações pedidas pelos aliciadores para os jogadores envolvidos.

“Não necessariamente quer dizer que o atleta tenha, de fato, cometido ou tenha praticado a punição para qual foi oferecido o valor financeiro para tanto”, esclareceu o promotor Fernando Cesconetto.

Jogos investigados na 2ª fase da operação:

Campeonato Brasileiro:

- Santos 1 x 1 Havaí - 5 de novembro de 2022

    Pediram que um atleta do Santos tomasse um tomar um cartão amarelo;

    - Red Bull Bragantino 1 x 4 América-MG - 5 de novembro de 2022

      Pediram que um atleta do Bragantino tomasse um cartão amarelo;

      - Goiás 1 x 0 Juventude - 5 de novembro de 2022

        Pediram que dois atletas do Juventude tomassem cartões amarelos;

        - Cuiabá 1 x 1 Palmeiras - 6 de novembro de 2022

          Pediram que um jogador do Cuiabá tomasse cartão amarelo;

          - Botafogo 3 x 0 Santos - 10 de novembro de 2022

            Pediram que um jogador do Santos tomasse cartão vermelho;

            - Palmeiras 2 x 1 Juventude - 10 de setembro de 2022

              Pediram que um jogador do Juventude tomasse cartão amarelo.

              De acordo com as investigações, as quantias envolvidas para a cooptação dos atletas da Série A do Campeonato Brasileiro, conforme o promotor, para punição de cartão amarelo e vermelho giravam em torno de R$ 50 mil a R$ 60 mil, por atleta.

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              Campeonatos estaduais:

              - Goiás x Goiânia – 12 de fevereiro de 2023

                Pediram a derrota do Goiânia no primeiro tempo.

                - Caxias x São Luíz-RS – 12 de fevereiro de 2023

                  Pediram que um jogador do São Luiz cometesse pênalti.

                  - Esportivo x Novo Hamburgo – 11 de fevereiro de 2023

                    Pediram para jogador do Novo Hamburgo cometesse um pênalti.

                    - Luverdense x Operário – 11 de fevereiro de 2023

                      Pediram manipulação no número de escanteios.

                      - Guarani x Portuguesa – 8 de fevereiro de 2023

                        Pediram que atleta recebesse cartão amarelo.

                        Conforme o promotor, no caso dos campeonatos estaduais, os valores variavam entre R$ 70 mil a R$ 100 mil.

                        Entenda as fases da operação

                        Na primeira fase, a investigação mostrou que o esquema funcionava da seguinte forma: os apostadores faziam propostas para atletas marcarem pênaltis nos primeiros tempos de cada jogo. Se o jogador aceitasse, era feito o pagamento do “sinal”. Posteriormente, se o pênalti tivesse sido feito, os jogadores receberiam o restante do valor combinado.

                        Na segunda fase, o MP descobriu que o grupo investigado pedia também aos jogadores que eles tomassem cartões amarelo e vermelho, além do pedido para a derrota de um time.

                        Também segundo o MP, há indícios de que as condutas solicitadas aos jogadores tinham como objetivo que os investigados conseguissem altos lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, usando contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar o retorno financeiro.

                        A investigação teve início em novembro de 2022 após uma denúncia feita pelo próprio Vila Nova, que é vítima no esquema.