Nesta quarta-feira (4), é comemorado o "Dia da Natureza". Pauta cada vez mais frequente no esporte, diversos clubes do futebol brasileiro investem em ações de sustentabilidade para conscientizar os torcedores e promover um cuidado especial com o meio ambiente. Coritiba, Fortaleza, Goiás e Internacional, por exemplo, mantém programas e propostas voltadas ao tema.

O Coxa iniciou, em junho de 2022, o projeto 'Nossa Identidade Verde', de olho na agenda ESG. A iniciativa do clube é uma forma de fazer a torcida se conscientizar sobre sustentabilidade. O Coritiba passou a tratar e gerenciar os resíduos do Couto Pereira e do CT da Graciosa - em jogos no estádio, potes de plásticos de uso único, canudos e sachês de condimentos são proibidos. Além disso, o clube também tem um projeto de upcycling que prevê destino a mais de mil peças de uniforme que não tem finalidade de uso, além de outras medidas.

“A presença dos clubes como agentes de transformação é algo natural e de extrema importância já que, quando se trata de sustentabilidade ambiental, temos um papel duplo: cumprir nossa parte e influenciar a educação das pessoas por meio da nossa influência na sociedade. As iniciativas realizadas nos bastidores dos clubes e das principais organizações de futebol estão profundamente conectadas à população. O futebol no país é uma indústria muito grande, que envolve muitas pessoas e gera milhares de empregos diretos e indiretos. Alinhar toda essa rede às melhores práticas é de extrema importância”, comenta Rodrigo Weinhardt, PMO do Coritiba.

Com foco no cuidado em relação ao meio ambiente, o Goiás tem implementado o uso de energia solar no complexo da Serrinha. De acordo com a expectativa do Esmeraldino, ao fim do processo, 50% do local será abastecido pela fonte de energia que é limpa e renovável. Após meses de estudo, o projeto começou a ser realizado em agosto e tem agradado a diretoria da equipe do Centro-Oeste.

Temos orgulho em utilizar a captação de energia solar fotovoltaica em nossas estruturas extracampo, pois contribuímos com o meio ambiente e toda a sociedade", afirma Tiago Pinheiro, diretor de marketing do Goiás.

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O Fortaleza, por sua vez, iniciou o projeto 'Gols Verdes', em 2022, e segue com ele desde então. Já foram mais de 50 árvores plantadas no CT Ribamar Bezerra desde que o clube começou o programa, que promete plantar uma muda por gol marcado. A ação do Leão do Pici está ligada a diversos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) das Nações Unidas, por exemplo, o de Saúde e Bem-Estar, Cidades e Comunidades Sustentáveis, Combate ao Aquecimento Global e Preservação da Biodiversidade.

“Acredito que o nosso papel no futebol está muito além das quatro linhas e é muito importante utilizarmos esse espaço para propagar sobre questões tão relevantes para a nossa sociedade e para o planeta. Assim surgiu o projeto 'Gols Verde', que busca essa conscientização constante a respeito do cuidado com o meio ambiente. São 50 mudas de árvores plantadas no nosso CT até o momento, mas temos certeza de que este número aumentará ainda mais, acompanhando o nosso desempenho dentro de campo com muito trabalho. É uma ação que nos traz muito orgulho”, destaca Marcelo Paz, presidente do Fortaleza.

Já o Internacional lançou, junto da fornecedora de material esportivo, uma camiseta que ressalta a preocupação da equipe colorada com a sustentabilidade, que é a única do Brasil com o Certificado de Gestão de Resíduos. O clube conta com uma central que faz uma triagem dos resíduos antes de eles irem para o seu destino final, realizado pela Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis da Cavalhada (ASCAT).

“No dia a dia, temos uma responsabilidade enorme com um mundo sustentável. Não é só discurso. Aqui no Inter funciona na prática. Levar esse conceito para uma camisa oficial reforça o nosso compromisso com a ideia da sustentabilidade. Estamos muito orgulhosos de construir mais essa novidade”, aponta Nelson Pires, vice-presidente de marketing do Internacional.

Além disso, assim como o Goiás, o Colorado tem uma fonte de energia renovável e reutilizável no Beira-Rio, evitando uma emissão maior de gás carbônico. O clube gaúcho também recolhe a água da chuva com membranas que fazem com que a água seja reutilizada, por exemplo, nos vasos sanitários do estádio.

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