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Reprodução/Instagram/@libertadores
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Um clima diferente no Maracanã. O futebol agradeceu por uma final de Libertadores do estádio com público. Na edição de 2020, Palmeiras e Santos se enfrentaram em um dos momentos mais cruéis da pandemia da Covid-19. Então, só alguns convidados estavam lá para acompanhar a decisão.

Neste sábado (4), Fluminense e Boca Juniors se enfrentaram em busca da glória eterna em um Maracanã lotado. Enquanto os brasileiros buscavam o título inédito, os argentinos queriam a sétima (e se tornarem os maiores vencedores do torneio).

Depois do empate em 1 a 1 no tempo normal, a decisão foi para a prorrogação. No tempo extra, o título foi decidido pelo talismã carioca na campanha. John Kennedy marcou o gol do título continental.

Pela primeira vez desde que a Conmebol decidiu pela final em jogo único, um time venceu a final em seus próprios domínios. Além disso, é o quinto título seguido de times brasileiros da Libertadores (Flamengo em 2019 e 2022, e Palmeiras em 2020 e 2021). 

Um chute, um gol

O jogo começou com os dois times deixando bem clara suas estratégias de jogo. Enquanto o Fluminense iria controlar a posse de bola e com muita movimentação entre os atacantes, o Boca ia esperar uma chance para tentar uma transição rápida.

A primeira chance clara de gol aconteceu aos 13 minutos. Em uma cobrança de falta, Cano desviou de cabeça e Romero fez fácil defesa.

O Boca foi se soltando aos poucos. Depois do nervosismo dos primeiros minutos, os argentinos passaram a achar alguns espaços para criar chances. A primeiro foi aos 15 minutos. Após roubada de bola no meio, Merentiel avançou até a entrada da área e chutou forte. Fábio segurou firme.

A grande chance do Boca aconteceu aos 17 minutos. Barco deu belo passe para Cavani, que ficou livre na entrada da área. Mas, ele optou pelo passe ao invés do chute e o time perdeu grande oportunidade.

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A polêmica da primeira tapa aconteceu aos 27 minutos. Ganso e Valentini se estranharam e o zagueiro argentino acertou uma cabeçada no meia brasileiro. Porém, o árbitro só chamou a atenção dos dois e não teve cartão.

O gol do Fluminense saiu aos 36 minutos. Após boa tabela entre Keno e Arias pelo lado direito, cruzamento rasteiro para dentro da área e Cano, com apenas um toque, marcou.

Boca busca o empate

Na segunda etapa, os papéis se inverteram. O Boca passou a ficar mais com a posse de bola, e o Flu esperando o momento certo para matar a disputa.

Logo dos dez primeiros minutos, o Boca chegou duas vezes. Uma com Medina, que bateu firme e Fábio defendeu sem rebote. A segunda foi com Advíncula, que cortou para o pé esquerdo e bateu na rede pelo lado de fora.

Mas o gás argentino foi diminuindo aos poucos. Os cariocas foram retomando o controle da bola e jogando com o relógio a favor.

Quando tudo parecia controlado no Rio de Janeiro, o empate saiu. Advíncula arriscou a mesma jogada, mas dessa vez deu certo. O lateral cortou para dentro e acertou o canto direito de Fábio.

O Flu sentiu o gol de empate e precisou de alguns minutos para voltar ao jogo. Só aos 40 minutos o time voltou a assustar o goleiro Romero. John Kennedy, talismã da equipe na campanha, arriscou chute da entrada da área, mas o desvio ajudou na defesa.

Mas quem deixou o torcedor do Flu apreensivo foi Merentiel. O atacante uruguaio arriscou de fora da área e a bola passou tirando tinta da trave.

O gol do título poderia ter saído no último lance do jogo. Diogo Barbosa recebeu livre e de frente para Romero. O lateral tirou do goleiro, mas tirou demais.

Prorrogação

Os dois times voltaram mais cautelosos. Esperando o momento certo para atacar. Afinal, qualquer erro poderia ser fatal.

Então, o Fluminense passou a buscar o erro do Boca. As linhas de marcação ficaram mais altas. Os argentinos ficaram mais pressionados na saída de bola. Os erros começaram a aparecer.

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Em uma roubada de bola, Keno recebeu e fez um grande pivô para John Kennedy, que acertou um chute forte e colocou o Flu de volta a liderança do placar. Mas, por comemorar no meio da torcida, ele recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.

Outra expulsão aconteceu no final do primeiro tempo da prorrogação. Após os xeneizes pedirem pênalti, Fabra deu um tapa no rosto de Nino. Após o auxílio do vídeo, o árbitro o expulsou.

No segundo tempo, o Boca bem que tentou. Cruzou diversas bolas na área, mas nada que causasse grandes sustos a Fábio. O Flu quase matou o jogo em um contra ataque, mas a bola de Guga bateu na trave. 

Fim de jogo. E a festa no Rio de Janeiro não tem hora para acabar.