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Reprodução/ TV Cultura
Reprodução/ TV Cultura

O Roda Viva desta segunda-feira (1º) recebe o narrador Galvão Bueno.

Durante o programa, o narrador volta a falar de seu ponto de vista do acidente que tirou a vida do piloto de Fórmula um e amigo pessoal Ayrton Senna, em 1994, em Ímola, na Itália, durante o Grande Prêmio de San Marino.

Na transmissão da corrida, Galvão diz que cometeu um erro ao presumir que um movimento da cabeça do tricampeão mundial, enquanto era retirado do carro depois da batida, significava que ele estaria consciente.

Não me sai da cabeça um erro que eu cometi, mas era um erro porque era a vontade que eu tinha, como as dezenas de milhões de brasileiros que estavam assistindo em casa, de que ele pudesse sair bem daquilo, que reagisse (...) tem um momento em que ele [Senna] mexe a cabeça, e eu digo na transmissão: ‘Senna mexeu a cabeça, ele está se movimentando, ele está voltando’. Hoje, depois de todas as conversas que tive, no hospital, imediatamente depois da prova em Bolonha, com o doutor Sid Watkins, que era o médico da Fórmula 1, aquele pra mim foi o estertor da morte. Depois que ficamos sabendo da barra da suspensão que quebrou, entrou e saiu. Não tive coragem de vê-lo depois”, relata o locutor esportivo.

O comunicador ainda revela que, por dois ou três momentos daquela transmissão, pediu para que o colega Reginaldo Leme tomasse a frente da comunicação com os telespectadores para que ele pudesse respirar.

“Por dois ou três momentos, pedi para o Reginaldo [Leme], ‘velho, toca aí que eu vou lá fora respirar porque eu não estou aguentando’. Eu tinha que levar até o fim, era a minha função”, conta.

Depois da morte do ídolo nacional e amigo, Galvão diz que presenciou dois acidentes em etapas seguintes da categoria da Fórmula 1 e, por um breve momento, decidiu que desistiria de narrar corridas automobilísticas. A decisão não se manteve.

“Tinha certeza de que, lá na dimensão onde ele [Senna] continuou brilhando muito, ele não gostaria que eu tivesse parado de transmitir”, declara.

A morte de Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994, completou 30 anos em 2024.

Participam da bancada de entrevistadores Carol Knoploch, repórter do jornal O Globo; Thiago Uberreich, apresentador da Jovem Pan e autor do livro ‘1994 o Brasil é Tetra’; Fabio Seixas, jornalista da Livemode; Mylena Ciribelli, jornalista e apresentadora; e Gabriel Vaquer, repórter de Televisão e Mídia Esportiva do site F5, da Folha de S. Paulo.

Assista ao programa na íntegra:

Com apresentação de Vera Magalhães, o programa inédito vai ao ar ao vivo a partir das 22h na TV Cultura, no site da emissora, no app Cultura Play e nas redes sociais X (o antigo Twitter), YouTube, Tik Tok e no Facebook.