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Reprodução | Instagram @swfcofficial
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O Sheffield Wednesday, equipe que disputa a segunda divisão do futebol inglês, anunciou que pode solicitar a retirada de torcedores que usarem camisas falsificadas nas arquibancadas do estádio Hillsborough. Em nota oficial, o clube ressaltou que a venda de produtos não oficiais impacta diretamente nas receitas, além de terem qualidade inferior aos originais.

Os ‘Owls’ (corujas), como também são conhecidos, já vêm trabalhando de forma on-line e off-line na luta contra a falsificação e, segundo comunicado, estão em contato com as autoridades para tirar do ar sites e banir lojas que não possuam vínculo com o Sheffield Wednesday.

Para quem achou a medida do clube inglês extrema, na visão de especialistas, existem outras maneiras de enfrentar o comércio ilegal. 

“Para o clube é importante ter dois, três níveis de oferecimento de produtos para o público. Uma camiseta super oficial, que o jogador costuma atuar, hoje tem um preço mais alto. Agora, uma de qualidade um pouco inferior pode ter um valor mais acessível. Outra opção seria uma espécie de réplica para trabalhar com um valor ainda menor e que possa combater de frente a pirataria”, salienta Fábio Wolff, que há 28 anos presta consultoria e auxilia no planejamento, estratégia, desenvolvimento, criação e ativação do marketing a empresas no segmento esportivo.

A pirataria não é novidade no esporte. No Brasil, por exemplo, os números chamam a atenção. Em 2022, o Fórum Nacional de Combate à Pirataria estimou prejuízo de R$ 410 bilhões pela venda de produtos piratas naquele ano. Já no setor de artigos esportivos, uma pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) apontou que, em 2021, 60 milhões de camisas de time foram comercializadas no país, sendo que 22 milhões destas eram falsificadas. Os materiais não oficiais voltados para a prática esportiva, incluindo itens como agasalhos e tênis, geraram prejuízo de R$ 9 bilhões para a economia no período.

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Para Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM, é papel dos clubes trabalhar com uma gama de produtos que seja capaz de atender os diversos tipos de torcedores. “Outra medida importante para combater a pirataria é promover iniciativas de conscientização. A maioria dos torcedores acaba não ligando o fato de que, ao comprar um produto não oficial, você está lesando o clube de coração. O time que você ama normalmente é aquele que você quer apoiar e ajudar, e não lesar. Acho que falta, inclusive, conhecimento em relação a isso”, conclui.

Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, comandada pelo cantor Jay-Z, pondera que hoje, por padrão, o percentual do valor arrecadado com a venda final de camisetas é pouco relevante no orçamento dos clubes, porque eles cada vez mais procuram antecipar essa receitas com ‘luvas’ pagas pelo fornecedor de material esportivo, que vai explorar a imagem do time para comercializar com lojistas e distribuidores.

“Obviamente, se um quarto, um terço ou metade das camisas de posse dos torcedores e simpatizantes é de réplicas, os fabricantes das originais vão incorporar essa informação a suas negociações com os clubes, podendo oferecer menos dinheiro a eles, e cobrar dos lojistas um valor maior pela camisa do que cobrariam se todas as vendas fossem de produtos oficiais”, explica.

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