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Reprodução | Instagram @bvb09
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Time que detém a maior média de público do futebol europeu como mandante, com 81 mil pagantes, o Borussia Dortmund também inova quando o assunto é a estrutura da sua arena. O clube vai instalar quase dez  mil placas solares na cobertura do Signal Iduna Park, passando a ter o maior sistema deste tipo de um estádio da Alemanha.

Na última Eurocopa, realizada em meados deste ano na própria Alemanha, seis dos dez estádios escolhidos para receberem as partidas do torneio possuíam sistemas de energia solar instalados, entre eles o do própria Borussia, com uma porcentagem menor.

Os outros são o Allianz Arena, do Bayern de Munique; o Deutsche Bank Park, do Eintracht Frankfurt; o Estádio Olímpico de Berlim, do Hertha Berlim; o MHP Arena, do Stuttgart; e o Red Bull Arena, do Leipzig.

De acordo com informações do clube, essa transformação vai gerar eletricidade limpa suficiente para cobrir o equivalente do consumo de energia do clube durante todos os jogos da temporada, incluindo Champions League, Bundesliga e Copa da Alemanha.

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Isso resultará em uma produção total de pico de 4,2 megawatts. Também está prevista a construção de uma bateria com capacidade de 3,4 megawatts-hora, fazendo com que o Parque Signal Iduna seja sempre abastecido de energia eléctrica mesmo em caso de falta de luz solar.

Para especialistas em gestão esportiva, os projetos de sustentabilidade são sempre bem-vindos no esporte e, nos últimos anos, eles têm representado uma tendência muito positiva.

“Essa é mais uma medida importante em prol da sustentabilidade implementada no esporte. Temos observado uma adesão cada vez maior à práticas favoráveis ao meio ambiente nesse meio. Isso ajuda a influenciar positivamente uma parcela significativa da população, uma vez que o futebol tem grande alcance e pode desempenhar um papel importante para a educação socioambiental na sociedade”, destaca Augusto Freitas, CEO da Cristalcopo, empresa idealizadora do Recicla Junto, projeto de reciclagem que atua no estádio do Criciúma.

"A parceria entre o Borussia Dortmund e a RWE é um passo ousado e inspirador. Não apenas mostra o compromisso do clube com a sustentabilidade, mas também define um novo padrão para a integração de tecnologias verdes no futebol. É uma iniciativa que pode influenciar outros clubes a repensarem suas práticas energéticas, contribuindo para um futuro mais sustentável no esporte" afirma Otávio Pedroso, arquiteto da Recoma, empresa especializada em infraestrutura esportiva.

Projetos de sustentabilidade no Brasil

No Brasil, especificamente no Rio Grande do Sul, dois clubes seguem essas tendências. O Juventude investiu na instalação de painéis solares no local, e com a diminuição de gastos com eletricidade e da redução da carga da rede elétrica, calcula uma economia de mais de R$ 10 mil por mês. “O clube tem economizado um valor significativo mensal de energia e, consequentemente, utilizado menos energia da concessionária, gerando assim um impacto ambiental menor. O Juventude utiliza placas solares, que absorvem a luz do sol e geram energia elétrica pelo efeito fotovoltaico. O objetivo é que cada vez mais o clube trabalhe com fontes renováveis de energia, priorizando assim o cuidado com o meio ambiente”, comenta Fábio Pizzamiglio, presidente do clube.

Já o Internacional, pioneiro em energias limpas, avalia a colocação de placas solares, tanto para o estádio do Beira-Rio e o Parque Gigante. O clube migrou já há alguns anos o abastecimento da rede elétrica do estádio para o que é conhecido tecnicamente como 'mercado livre de energia', ou também Ambiente de Contratação Livre (ACL). Com isso, foram economizados aproximadamente R$ 3 milhões por ano com a mudança, já que o Internacional deixou de emitir cerca de mil toneladas de carbono ao optar por energia limpa. "Temos intensificado e investido neste tipo de procedimento pois entendemos ser o modelo ideal de proteção ao meio-ambiente e natureza, além de estabelecer condutas que nos levam a ser referência neste modelo entre os clubes brasileiros", explica o vice-presidente do clube, Victor Grunberg.

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