A CBF e o Observatório da Discriminação Racial lançaram nesta quinta-feira o relatório anual sobre o tema referente ao ano. Além disso, foram contabilizados dados sobre manifestações de machismo, homofobia e xenofobia no esporte.
O estudo aponta que o número de incidentes racistas no futebol brasileiro subiu 38,77% na comparação com o ano anterior. No último ano, foram registrados 136 casos de injúria racial no Brasil, enquanto em 2022 foram 98.
No total, somando denúncias de xenofobia, machismo e LGBTfobia, o número de casos de discriminação e preconceitos no futebol brasileiro chega a 195.
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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, anunciou que a parceria da entidade com o Observatório da Discriminação Racial será renovada por mais quatro anos.
“Essa parceria positiva coloca a CBF no lado certo da história. Esses casos (de racismo) me entristecem, mas vejo muitos avanços. Procuro ser sempre otimista. Se temos mais denúncias, é porque a sociedade brasileira está mais aberta para entender o que é racismo. Às vezes, as pessoas não entendiam o que expressavam numa piada de mau gosto”, afirmou o cartola.
Todas as informações foram apresentadas diante de dirigentes e funcionários da CBF, Conmebol, federações estaduais e dos clubes.
Veja os números do relatório:
Discriminação e racismo no futebol (Brasil e exterior):
Racismo: 136 no Brasil + 26 no exterior
Xenofobia: 13 no Brasil + 1 no exterior
Machismo: 8 no Brasil
LGBTfobia: 38 no Brasil
Ocorrências no futebol (Brasil):
Estádio: 104 de racismo, 31 de LGBTfobia, 3 de machismo, 9 de xenofobia (147 no total)
Internet: 19 de racismo, 4 de LGBTfobia, 3 de machismo (26 no total)
Outros espaços: 13 de racismo, 3 de LGBTfobia, 2 de machismo, 4 de xenofobia (22 no total)
Total: 136 de racismo, 38 de LGBTfobia, 8 de machismo, 13 de xenofobia (195 no total).
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