Grade de Programação

A realidade racista impõe barreiras para que o povo preto do Brasil se permita sonhar. Nesta edição, o Estação Livre mostra histórias inspiradoras de vários profissionais que realizaram sonhos que pareciam impossíveis e apontam caminhos para que as pessoas insistam em acreditar no próprio potencial. CONVIDADOS ESTÚDIO 1º convidada - TÁSSIA REIS – cantora e compositora 2º convidado - PAULO BUENO – psicólogo e psicanalista MATÉRIAS VT 1 – XÊNIA FRANÇA – entrevista com cantora e compositora, que tem dois álbuns lançados; com o segundo, “Em Nome da Estrela”, ganhou o Grammy Latino na categoria “melhor álbum contemporâneo em língua portuguesa VT 2 – INGRID SILVA – perfil da dançarina que, aos 18 anos, tornou-se integrante da cultuada companhia Dance Theatre of Harlem, de Nova Iorque, e atualmente é a primeira bailarina do grupo VT 3 – FELIPE ÉFIRO – reportagem mostra a história do jovem baiano que largou a carreira de direito para se tornar um modelo de carreira internacional VT 4 – SAMUEL ALVES – matéria sobre a trajetória do saxofonista que alcançou um lugar de destaque em um espaço muitas vezes hostil para jovens negros: a música erudita. Ele foi vencedor do concurso para jovens talentos do programa Prelúdio, em 2022 VT 5 – DANIELA RIBEIRO – a história de uma jovem que realizou o sonho de se tornar fotógrafa e ter o próprio estúdio, em Paraisópolis VT 6 – ROBSON JESUS – reportagem com o ex-gestor hospitalar, que abandonou a carreira com o objetivo de se tornar o primeiro homem negro a conhecer todos os países do mundo

Claudia Sciré Vivemos absolutamente conectados. Em certa medida, as conexões sociais são parte do que nos fazem humanos, no entanto, o advento da internet e das redes sociais exacerbaram e retorceram os sentidos da conectividade. A alta exposição, a necessidade de aprovação, a ansiedade, a onipresença do consumo. Como todas essas instâncias nos atravessam?

O compositor e multi instrumentista do 5 a seco explica o significado da música para ele e as influências de suas memórias musicais sobre as próprias composições. Nos surpreende ainda falando sobre religião e suas canções autorais.

Tatuí, no interior de São Paulo, é conhecida como a cidade mais musical do Estado. Hoje, Territórios Culturais invade Tatuí e Felipe e Tuti vão conhecer o Conservatório Dramático e Musical Doutor Carlos de Campos, um dos mais respeitados da América Latina. Lá nossa dupla conhece não só as diversas opções de especialização em diferentes campos da arte como também o trabalho de construção de instrumentos musicais, representado pelo ofício da luteria.

OS ASSUNTOS ABORDADOS FORAM:A PECA"A DIVINA SARAH",SEU PAPEL NO TEATRO BRASILEIRO,CRITICOS QUE RESPEITA,RELACAO DE BELEZA E TALENTO,PAPEL DE PALHACO EM TELENOVELA,RETORNO A TV,RELACIONAMENTO COM RUBEM BRAGA,PREFACIO DE SEU LIVRO, RELACIONAMENTO AFETIVO,RELACOES FAMILIARES,CONTROLE DE NATALIDADE, CRIMINALIDADE EM SAO PAULO,GRANDE MOMENTO DE SUA CARREIRA,ETC.

Convidados: Mario Chamie e Nelson de Oliveira • Chamie: A poesia práxis é considerada um movimento de vanguarda. O que é práxis? • Nelson: Você criou o conceito de Geração 90. O que isso tem a ver com a ideia de vanguarda ou movimento? • Chamie: Ao contrário da poesia concreta, que teve vários seguidores, ficou associada apenas a seu nome. Práxis teve seguidores? Foi um movimento ou uma proposta individual? • Nelson: A rubrica Geração 90 foi acusada de ser mais publicitária do que estética. Ela nasceu de um consenso entre os participantes ou foi uma atitude promocional? • Chamie: Num ensaio de A Palavra Inscrita, vc sugere que a poesia práxis teve influência sobre artistas como Glauber Rocha, José Celso Martinez Corrêa, Osman Lins, Ferreira Gullar e Chico Buarque. Eles reconheceram essa influência? • Chamie: Que caminhos tomou sua poética após práxis? Pegando carona na pergunta do Claudiney, hoje vc é mais ensaísta ou poeta? • Nelson: Você parece beber numa fonte muito diferentes dos escritores da prosa urbana contemporânea, em autores como Murilo Rubião e Campos de Carvalho. Existem linhagens ocultas na literatura brasileira? Você se filia ao surrealismo? (pedir para contar sobre as cartas anônimas e performances de que foi alvo) • Nelson: O que caracteriza a polêmica de hoje? Existe ponto de vista crítica ou é guerra de vaidades? • Chamie: A crítica literária olha para além do mercado, do sistema editorial e dos autores midiáticos? • Nelson: A ensaísta Flora Sussekind associou a micronarrativa e as personagens de identidade instável da literatura contemporânea à perda de sentido de realidade, a uma infraestrutura econômica instável, rarefeita, dominada pela espiral financeira. Nesse contexto, ela cita Subsolo Infinito. Vc se encaixa nesse perfil? Mais que isso: os escritores contemporâneos têm esse grau de reflexão? • Chamie: Como criador de uma proposta poética de cunho também político, a poesia tem hoje algum poder de intervenção na cena cultural ou social? Ela traduz o contexto? • Chamie: Você foi prejudicado por sua atuação política? Você aceitaria um cargo político num governo do PT ou do PSDB? A intelectualidade desses partidos tem autoridade moral para condenar sua participação na gestão do prefeito Reynaldo de Barros? • Nelson: Qual os significado dos blogs e das festas literárias? Elas não criam um ambiente festivo, em que a literatura concilia com o mundo, ao invés de problematizá-lo? • Chamie: Seu romance Pauliceia Dilacerada – que fala do impacto devastador da atuação pública sobre a vida de Mário de Andrade – é uma resposta ao massacre e ao esquecimento que você mesmo sofreu? Você buscou um paralelo entre a atuação de Mário de Andrade e a sua?