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Mau humor externo e Bolsonaro com covid-19 fazem Bolsa cair 1,19%; dólar sobe a R$ 5,38

O pessimismo das bolsas externas, as críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, aos juros do cheque especial e a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com coronavírus deixaram o mercado brasileiro de mau humor nesta terça-feira (dia 7).


07/07/2020 17h42

O pessimismo das bolsas externas, as críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, aos juros do cheque especial e a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com coronavírus deixaram o mercado brasileiro de mau humor nesta terça-feira (dia 7).

A Bolsa fechou o pregão em queda de 1,19%, a 97.761 pontos, e o dólar subiu 0,62%, para R$ 5,38.

O mercado já havia aberto em queda, seguindo a avaliação dos principais mercados internacionais de que, apesar de dados que mostram uma reação da economia mundial, os riscos para a atividade de uma segunda onda de coronavírus permanecem.

Na Zona do Euro, a expectativa é de uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano maior do que o esperado a princípio –de 7,7%, as estimativas da Comissão Europeia foram revisadas para uma contração maior, de 8,7%.

Além disso, a produção industrial na Alemanha cresceu 7,8% em maio, enquanto que analistas esperavam uma alta maior, acima de 10%.

Bolsonaro

A informação de que o presidente Jair Bolsonaro testou positivo para o coronavírus acabou intensificando o pessimismo da bolsa e do dólar.

Em entrevista, o presidente, que 65 anos e faz parte do grupo de risco da doença, disse estar se sentindo bem após apresentar febre de 38ºC no dia anterior. “Baixou (a temperatura) para 36.7 ºC. Estou bem, estou normal. Em comparação a ontem, estou ótimo. Estou até com vontade de dar uma caminhada”, disse o presidente.

Apesar disso, a avaliação do mercado é que o fato cria um ambiente de maior instabilidade no país, o que é ruim para os negócios.

Bancos

O destaque negativo do pregão foram as ações dos bancos, que tem um peso importante no índice e que reagiram às declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que classificou os juros do cheque especial como extorsivos e falou em “acabar” com os juros da modalidade.

“Ele defendeu o fim da cobrança de juros no cheque especial e no cartão de crédito. Essa pauta está em tramitação no Congresso, mas com tantos adiamentos ao longo de junho parecia um assunto morto. Por isso a reação negativa [dos papeis] dos bancos”, afirma Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

O Itaú Unibanco fechou as negociações com a segunda maior queda do Ibovespa, recuando 4,9%. O Santander teve perda de 4,3% e as ações do Bradesco caíram acima de 4%, segundo dados preliminares.

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