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Rovena Rosa
Rovena Rosa

A ativista paquistanesa, Malala Yousafzai, comemora seus 23 anos neste domingo (12). Em uma trajetória de dor e luta, Malala ficou conhecida após ser atingida por talibãs que proibiam a educação para mulheres no Paquistão. Hoje ela continua levando a mensagem da importância da educação para o mundo e é considerada a pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz

Malala Yousafzai nasceu no Vale do Swat, no norte do Paquistão, em 12 de junho de 1997. Como é de costume da região paquistanesa, as meninas são obrigadas a se casarem e ter filhos cedo, dedicando sua vida aos afazeres do lar e às crianças. Malala, diferentemente de muitas outras meninas de sua idade, escapou deste destino graças a sua família, que sempre a apoiou em seus estudos. Seu pai, Ziauddin Yousafzai, era dono de uma escola e estimulava Malala a obter conhecimentos em diversas matérias e a questionar o mundo.

No início de sua infância, a garota chegou a frequentar a escola de seu pai, pois na época a educação para as meninas não era proibida. A partir dos anos 2000, a influência do talibã se tornou cada vez maior na região e, em 2008, um líder talibã que dominava o local exigiu que as escolas interrompessem as aulas dadas para as meninas por um mês.

Um jornalista da BBC, em busca de material que retratasse a realidade paquistanesa, perguntou a Ziauddin Yousafzai se alguns de seus alunos estariam dispostos a falar sobre a situação da educação vivida pelas garotas. Foi assim que, aos 11 anos, Malala começou a defender em um blog, “Diário de Uma Estudante Paquistanesa”, sobre o direito das meninas em frequentar a escola. Ela utilizava um pseudônimo, mas sua identidade foi revelada em pouco tempo, quando ela passou a conceder entrevistas para televisões e jornais americanos.

Os pais de Malala sabiam do risco da exposição da menina, mas acreditavam que se o talibã atacasse, o alvo seria o pai de Malala, que era um ativista educacional conhecido na região.

Aos 12 anos, para continuar indo à escola, Malala escondia o uniforme em sua mochila, evitando ser atacada e espancada no caminho. Três anos depois, quando voltava para sua casa, o ônibus que estava foi invadido por talibãs que procuravam por ela. Malala levou três tiros na cabeça e outras duas meninas ficaram feridas.

Neste período, os talibãs já haviam perdido o controle da região do Vale Swat e justificaram o ataque a Malala como uma forma de diminuir as potenciais ameaças ao Islã.

A garota foi transferida de helicóptero para um hospital militar e depois para o Reino Unido, onde recebeu tratamento e permaneceu exilada após sua recuperação. Segundo os médicos, a menina tinha grandes chances de ter sequelas, mas ela teve uma melhora surpreendente.

Mesmo estando no Reino Unido, Malala continuou recebendo diversas ameaças dos talibãs, que a acusavam de ser um fantoche do Ocidente.

Em seu aniversário de 16 anos, em 2013, foi convidada a participar da Assembleia de Jovens das Nações Unidas, que reuniu representantes de mais 100 países em Nova York. Ela fez um discurso marcante, que foi transmitido pela mídia em países de todo o mundo, reafirmando a causa pela qual continuava lutando, mesmo que quase tenha perdido a vida por isso: “Nossos livros e canetas são as armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. Educação é a única solução”.

Um ano depois, Malala e tornou a pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, aos 17 anos, pelo seu ativismo, dedicação e esforço na luta pela garantia da educação às mulheres.

Em 2018, seis anos após os disparos que levou no ônibus escolar, Malala voltou ao Paquistão, e se encontrou com o primeiro-ministro paquistanês na capital Islamabad. Em discurso, ela disse emocionada que se dependesse dela, jamais teria deixado o país.

Em julho deste ano, aos 22 anos, Malala Yousafzai concluiu a faculdade de Filosofia Política e Economia, pela Universidade de Oxford, na Inglaterra.


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Hard to express my joy and gratitude right now as I completed my Philosophy, Politics and Economics degree at Oxford. I don’t know what’s ahead. For now, it will be Netflix, reading and sleep. 😴
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