Coronavírus: um outro chamado "vírus da paranoia"

Desde quando as primeiras notícias sobre o coronavírus começaram a aparecer, algumas pessoas saíram desesperadamente aos mercados para garantir suprimentos para o que estaria por vir. Outros não deram muita atenção, já que um episódio como este não acontece há mais de 100 anos, desde a Gripe Espanhola de 1918.

Mas com as dicas de prevenção ao novo vírus, o contato entre as pessoas diminuindo e principalmente a quarentena decretada em muitos países, as pessoas são consumidas por notícias preocupantes sobre um inimigo invisível, que atinge com maior gravidade as pessoas mais velhas, levando algumas pessoas ficarem com mais medo do que o normal.

O filósofo Luiz Felipe Pondé faz um alerta sobre esse outro vírus, o da paranoia, em sua participação na edição do dia 12 de março do Jornal da Cultura, quando ainda não havia nenhum caso de morte por coronavírus registrado no Brasil.

"Só falar de pessoas morrendo de medo e esvaziando supermercado já é favor do vírus da paranoia, não contra. O primeiro passo é combate a paranoia", avalia Pondé.

Em vídeo em seu canal do Youtube, Pondé fala também sobre o aumento do sentimento de paranoia: "Algumas pessoas têm estruturas mais paranoicas que as outras. Em ambientes como os que a gente está vivendo hoje, pode ajudar a sua paranoia". O filósofo reflete: "O vírus não está perseguindo você, é um azar histórico, a história é cheia de contingências".

Assista ao vídeo completo: