A fumaça provocada pelas queimadas que atingem o Pantanal chegou à Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso. Os focos de incêndios na região pantaneira são os piores desde que os registros começaram a ser feitos, em 1998.

Neste final de semana, Cuiabá amanheceu encoberta por uma nuvem de fumaça. Piorando a qualidade do ar em um momento crítico, com a pandemia da Covid-19.

O fogo, que atinge o estado desde o último dia 17, já consumiu cerca de 26 mil hectares na região de Poconé, que fica a 100 km da capital mato-grossense.

A falta de chuvas no estado tem contribuído para o aumento das queimadas proibidas na zona rural desde o início do mês. Os ambientalistas, no entanto, registraram incêndios criminosos tanto para desmatar a floresta quanto para preparar o solo para plantações.

O coordenador do núcleo de inteligência territorial da IVC, Vinicius Silgueiro, diz que “somente no mês de julho, olhando pro bioma Pantanal no Mato Grosso, foram registrado 462 focos, o mês de julho deve ultrapassar o que foram os primeiro seis meses do ano no bioma pantaneiro com 548 focos. A causa desses focos de calor está bastante associada ao uso agropecuário que faz nessas propriedades, visto que 75% aconteceram em imóveis rurais privados”.