Fundação Padre Anchieta

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Em entrevista ao Roda Viva da última segunda-feira (27), o rapper Emicida citou a Biblioteca Comunitária Assata Shakur, criada pela Org Ujima Povo Preto, como exemplo de projeto social que tem sua origem ligada ao movimento do rap. O momento foi comemorado nas redes sociais por membros da Org Ujima Povo Preto.

A Biblioteca, localizada na periferia da zona leste de São Paulo, disponibiliza livros escritos por pessoas pretas e literatura sobre a cultura e história do povo preto-africano. "A importância da biblioteca pra gente, é porque ela é uma biblioteca antirracista, e isso é importante pra formação da identidade negra e também pra formação política das pessoas. Além dos livros, a gente realiza atividades mensais, cursos, festas, cine debates, tudo com a temática racial e social. Nos preocupamos muito também com as crianças, então temos um espaço de livros infantis com personagens negros, realizamos atividades com elas também", explicou Tatiana Nefertari, integrante da Org Ujima Povo Preto, em entrevista à TV Cultura.


A ideia de construir a biblioteca começou em 2018, mas só foi concretizado em 2019. "Os livros foram adquiridos por pessoas que compõe o coletivo, é uma construção autônoma e agora temos conseguido algumas doações", complementou Tatiana Nefertari. “Assata Shakur”, que denomina a Biblioteca, é uma homenagem à ativista social Assata Shakur, que fez parte do antigo Partido Pantera Negra e Black Liberation Army, lutando pela liberdade dos negros norte-americanos. Shakur permanece exilada em Cuba e até hoje está na lista de uma das pessoas mais procuradas pelo FBI.

Emicida, que também já lançou um livro infantil, “Amoras”, ainda citou as aulas de brake e grafite como movimentações da sociedade inspiradas em valores do hip hop, justificando o trecho “o rap salvou mais moleque que qualquer projeto social”, presente na música “Isso Não Pode se Perder”. Confira o trecho:


O rapper também falou da importância dos pensamentos do escritor e ativista Abdias Nascimento. Um dos livros do autor, “O quilombismo: Documentos de uma militância Pan-Africanista”, formava, inclusive, o cenário de Emicida durante a entrevista ao Roda Viva.

Apresentado pela jornalista Vera Magalhães, o Roda Viva vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube e nas redes sociais Twitter, Facebook, e Linkedin.

Assista à íntegra de Emicida no Roda Viva: