Fundação Padre Anchieta

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Uma pesquisa feita pelo Pravaler, empresa de crédito estudantil, revelou as percepções dos alunos do ensino superior sobre as aulas durante a quarentena. A maioria relatou uma piora na qualidade do conteúdo e uma diminuição nas horas semanais de estudo. Os dados também revelam que até mesmo as universidades privadas tiveram dificuldades para adaptar suas plataformas para o ensino à distância.

Quais são os dados da pesquisa? Mais de 70% dos universitários ouvidos pela pesquisa nunca tinham tido contato com as aulas remotas antes da pandemia. A falta de contato com a rotina de estudos à distância fez com que muitos alunos tivessem problemas para se adaptar à nova realidade.

Quando perguntados sobre as principais dificuldades para o ensino remoto, a principal razão apontada foi a ausência de contato com professores e colegas, seguida pela falta de uma estrutura adequada para os estudos (acesso a um computador ou internet em casa, principalmente).

A carga horária diminuiu? De acordo com os dados da pesquisa, sim. O tempo médio de estudo semanal caiu de cerca de 8 horas para apenas 2 horas — o que equivaleria a menos de meia hora de estudo diária.

“Notamos que a dedicação ao estudo caiu drasticamente. A disciplina dos alunos está menor”, pontua Rafael Baddini, sócio-diretor do Pravaler. Ele diz que a falta de rotina, causada pela quarentena, e a ausência de boas estruturas de estudo em casa faz com que os alunos dediquem-se menos ao curso.

O desinteresse também é decorrente da percepção de perda de qualidade do ensino. Mais de metade dos alunos ouvidos pela pesquisa disseram que a universidade não conseguiu manter o mesmo nível do conteúdo que era dado em sala de aula.

Por isso, 72% dos estudantes gostariam de voltar para a normalidade — ou seja, para um curso totalmente presencial. Outros 22% defendem um modelo híbrido, com parte das aulas online e parte em sala de aula, e apenas 6% gostariam de permanecer no ensino à distância.

O que pode melhorar? A pesquisa ainda ouviu os alunos sobre o que poderia ser feito para melhorar a qualidade do ensino à distância. As principais respostas são pedidos de melhor capacitação dos professores, algo que vai na contramão do que parte dos grandes grupos educacionais privados têm feito recentemente.

Outra sugestão de melhora é na plataforma de ensino. Muitas universidades, principalmente as instituições públicas, não estavam preparadas para ministrar aulas de forma digital, e tiveram que correr para buscar soluções tecnológicas para conectar alunos e professores.

Evasão e inadimplência

Apesar dos efeitos negativos da pandemia, a maioria dos estudantes não pensa em desistir do ensino superior. De acordo com o estudo do Pravaler, 73% dos estudantes pretendem renovar a matrícula no próximo semestre; 19% disseram não ter decidido, e 6% afirmam que não vão continuar o curso.

Para Baddini, esse percentual não é muito diferente do cenário de antes da pandemia. “Isso é próximo daquilo que já tínhamos de evasão no ensino superior”, diz o sócio-diretor do Pravaler.

Sobre a inadimplência, o executivo disse que mais estudantes deixaram de pagar suas mensalidades, em razão do desemprego e da queda de renda das famílias na pandemia, mas que a empresa está buscando alternativas para permitir que esses estudantes continuem no ensino superior.

“Temos buscado soluções de financiamento para auxiliar no pagamento das dívidas e na rematrícula, além de elaborar um plano de expansão para atender mais estudantes”, diz Baddini.