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Mais fermento, menos xampu: pandemia muda carrinho de compra do brasileiro

Se tem um produto que representa bem a mudança de comportamento de compra do brasileiro durante a pandemia é o fermento em pó.


10/08/2020 19h32

Se tem um produto que representa bem a mudança de comportamento de compra do brasileiro durante a pandemia é o fermento em pó. O gasto médio com o produto cresceu 20% na pandemia, segundo estudo da Dotz. Esse aumento tem ligação direta com a quarentena. Afinal, quem não fez ao menos um bolo, torta ou pão durante a quarentena?

Com exceção do álcool, que virou item obrigatório da cesta de consumo, todos os outros produtos com maior crescimento de compra são do grupo alimentação.

“Até por conta do home office, as pessoas estão fazendo mais refeições em casa. Por isso, estão comprando mais itens para o preparo de alimentos que são consumidos dentro do lar”, afirma Fabio Santoro, vice-presidente da Dotz, programa de fidelidade que acompanhou o comportamento de compra de 2,3 milhões de pessoas.

Menos itens de higiene pessoal

O lado B do home office é que parece que as pessoas estão cuidando menos da higiene pessoal. Pelo menos é isso que mostra a cesta de compras do brasileiro durante a pandemia.

  • Xampu: -12%
  • Condicionador: -15%
  • Escova de dente: -19%
  • Desodorante: -28%

Até o papel higiênico, que gerou uma corrida aos supermercados no começo da pandemia, está em queda: retração de 29% nas vendas de abril e maio em relação a igual período de 2019.

Uma explicação possível é que as pessoas estão ficando mais tempo em casa e, por isso, evitando exposição à sujeira da rua. Outro motivo é que as pessoas relaxaram com os cuidados pessoais já que não precisam sair de casa para trabalhar e estudar.

Santoro também levanta a hipótese de as pessoas estarem mais atarefadas no home office e, por isso, ficando sem tempo para hábitos que tinham na vida corporativa. “Agora, a gente emenda uma reunião na outra. O almoço acontece fora de hora e no meio disso tudo a pessoa fica sem tempo até para escovar o dente, pois tem de escolher entre almoçar ou fazer a escovação.”

Segundo ele, houve queda nas vendas de itens de higiene bucal e de banho. “As pessoas fizeram menos exercício físico, ficaram em casa. Acabaram comprando menos sabonete.”

O que mais teve queda nas vendas? Santoro diz que caíram a venda de itens de bomboniere (chicletes, balas e chocolates), que são comprados na hora do almoço do trabalho. Também houve queda em produtos mais caros:

  • Bomboniere: – 35%
  • Iogurte: -35%
  • Amaciante: -34%
  • Sucos prontos: -31%
  • Leite fermentado: -29%

E o que foi que as pessoas compraram? Como já dissemos lá no começo, o consumidor investiu na compra de alimentos:

  • Álcool: 122%
  • Creme de leite: 27%
  • Fermento: 20%
  • Massa fresca: 17%
  • Azeite: 13%
  • Grãos/cereais: 13%
  • Condimento natural: 10%
  • Farináceo: 8%
  • Vinho: 7%
  • Leite condensado: 5%

Mais algum detalhe importante? Sim, não só compraram mais itens para preparar alimentos, como aumentaram a quantidade adquirida. No caso do fermento, a quantidade levada cresceu 36% durante a pandemia.

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