Cientistas brasileiros desenvolveram um soro a partir do plasma sanguíneo do cavalo e que apresenta anticorpos entre 20 e 50 vezes mais potente contra a Covid-19. O resultado foi considerado "excelente" e será anunciado nesta quinta-feira (13) em sessão da Academia Nacional de Medicina.
Os cavalos que participaram do teste receberam seis doses a proteína Spike do Sars-CoV-2, responsável por ligar o vírus aos receptores das células humanas, e produziram anticorpos semanalmente. O sangue dos cavalos, posteriormente, foi purificado até que sobrasse apenas os anticorpos, que poderão ser injetados em pacientes com a doença.
O mesmo já estava sendo feito com o plasma de pessoas que pegaram a Covid-19, no entanto, os primeiros resultados mostraram que os anticorpos dos cavalos podem ser muito mais eficientes. A técnica já é conhecida há décadas e usada, por exemplo, na produção de soro antiofídico para tratar picada de cobra.
Agora, o próximo passo da pesquisa é submeter o soro a mais estudo clínicos, para averiguar a segurança do tratamento contra o coronavírus em humanos. Para isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa autorizar os testes em humanos.
O estudo é uma parceria entre o Instituto Vital Brazil (IVB), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor). A iniciativa ainda conta com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
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