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Uma nota publicada na revista científica The New England Journal of Medicine, assinada por pesquisadores da Universidade da Califórnia, sustenta que países que adotaram o uso de máscaras se saíram melhor em termos de taxas de casos graves e mortes pela Covid-19

O relatório cita como exemplo o caso do cruzeiro argentino fechado após a identificação de pacientes contaminados. Todos os que estavam no navio receberam máscaras cirúrgicas N95. Mais de 80% dos infectados eram assintomáticos, contra 20% em uma outra embarcação, onde a proteção não foi usada. 

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A ideia, de acordo com os autores, é que as máscaras funcionem como filtro, ou seja, possam diminuir a passagem de gotículas de saliva ou partículas aerossóis, que transmitem o vírus. Essa baixa carga viral disseminada a outras pessoas seria suficiente apenas para induzir uma resposta imune no organismo. 

"Dessa forma, o uso de máscara teria, então, uma dupla proteção. Por um lado, ele evitaria que a pessoa se contaminasse de uma forma a ficar doente e, por outro lado, ele permitiria que a pessoa entrasse em contato com uma quantidade menor de vírus e imunizasse a pessoa, como se fosse uma vacina natural", afirmou o médico infectologista Celso Granato. 

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Esse fenômeno é conhecido como 'variolação', um método usado antes da introdução da vacina contra a varíola, que acabou erradicando a doença. É um processo de imunização utilizando material retirado de um paciente e inoculando em outro, com o objetivo de produzir anticorpos no organismo, sem provocar a infecção. 

É importante ter em mente, no entanto, que essa é apenas uma hipótese, não comprovada clinicamente. 

"Qual é a mensagem, então, importante dessa reflexão que os autores fazem? Em primeiro lugar, é muito importante usar máscara. Usar máscara, pode ser de pano de dupla ou tripla camada, pode ser uma máscara de papel, desde que ela seja trocada com frequência. O importante é a pessoa usar máscara, né?", explicou Granato.

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Da mesma forma reforça a microbiologista Natalia Pasternak, que alerta que o uso de máscaras, apesar de ser importante, não faz milagre e nem pode ser igualado à imunização pela vacina. 

Segundo a cientista, o artigo apenas especula a possibilidade de que as máscaras possam diminuir a exposição dos indivíduos às partículas virais emitidas por outra pessoa e não que elas sejam a única solução para a pandemia.

Confira a matéria completa no Jornal da Tarde: