Assembleias estaduais do RJ e SC decidiram dar continuidade aos processos de impeachment contra os governadores locais

A votação começou às três horas da tarde e terminou perto das nove horas da noite desta quinta-feira (17). Os 40 deputados da Assembleia Legislativa votaram o pedido de afastamento do governador Carlos Moisés e da vice governadora Daniela Reinehr. Carlos foi afastado por 33 votos favoráveis e seis contrários, Daniela por 32 votos a sete.

Agora o processo segue para uma comissão mista, com cinco deputados e cinco desembargadores. São eles que vão definir se o processo de impeachment segue para a fase final ou é arquivado.

Carlos Moisés e Daniela Reiner são acusados de crime de responsabilidade ao equipararem os salários de procuradores do estado com salários de procuradores da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina).

No Rio de Janeiro, a comissão especial da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou por unanimidade o prosseguimento do processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel. Foram 24 votos a favor e um contra. Um deputado não votou porque está com coronavírus.

Witzel foi afastado, por 180 dias, pelo Superior Tribunal de Justiça. O governador é acusado de desviar um bilhão de reais em compras de equipamentos na área da saúde.

Pelas redes sociais, Witzel disse que recebe com respeito e tranquilidade a decisão da comissão da Alerj e que, além da defesa por escrito, antes da votação em plenário, vai fazer uma defesa presencial.

Já a câmara de vereadores do Rio de Janeiro rejeitou a abertura de um novo processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella. Esse foi o quinto pedido de impeachment contra Crivella que foi rejeitado pelo legislativo local.