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"A floresta está chegando muito próximo do ponto de não retorno", diz cientista do INPE

Antonio Nobre falou ao Repórter Eco sobre impactos da destruição na floresta amazônica: "É uma riqueza imensa que está se perdendo"


07/10/2020 19h07

Em edição especial, o Repórter Eco do último domingo (4) mostrou um panorama das queimadas no Pantanal e na Amazônia. O programa conversou com o cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Antonio Nobre sobre os possíveis impactos irreversíveis da destruição na floresta amazônica.

"Por 50 milhões de anos, a Amazônia lidou com desafios climáticos de uma maneira extraordinária, ela sempre foi capaz de se recuperar. O que nós vemos hoje é que a floresta não sabe lidar com motosserra, com trator com correntão e, principalmente, com o fogo", disse o cientista.

Antonio Nobre ainda ressaltou as consequências das queimadas para o ciclo de chuvas em todo o país: "O fogo, em particular, tem um efeito de comprometer o mecanismo de chuvas porque produz fumaça e fuligem. A fumaça e a fuligem secam as nuvens de chuva na Amazônia e, quando isso acontece, chove muito menos durante o período da seca".

De acordo com o cientista, por conta das queimadas que atingem a região ao longo de anos, parte da floresta já atingiu um ponto que não pode ser revertido. "A gente está destruindo as vantagens que o Brasil tinha com relação a abundância de chuva, a sequestro de carbono, e outros benefícios, sem falar na biodiversidade amazônica, que é uma riqueza imensa que está se perdendo. A gente vê que a floresta está chegando muito próximo, e parte dela já passou, do ponto de não retorno", concluiu.

Assista ao trecho:

Confira a íntegra do Repórter Eco Especial sobre as queimadas na Amazônia e no Pantanal:

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