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Eleições 2020: mais de 60% dos prefeitos vão tentar segundo mandato

Segundo a Confederação Nacional de Municípios, 3.383 governantes vão tentar reeleição. Especialistas apontam que os temas locais, comuns nesse tipo de disputa, vão dar lugar a questões nacionais, além de muita polarização


14/10/2020 17h06

Mais de 60% dos prefeitos das cidades do Brasil vão tentar um segundo mandato nas eleições marcadas para o mês que vem. Segundo cálculos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 147,9 milhões de brasileiros vão escolher no próximo mês os prefeitos das mais de 5.568 cidades espalhadas pelo País. No total, são cerca de 19.164 candidatos. 

Como a legislação brasileira permite a reeleição para um novo mandato, 3.383 governantes vão tentar uma segunda chance nas urnas: 61% dos atuais gestores, de acordo com estudo da Confederação Nacional de Municípios. 

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Por estado, as maiores taxas estão no Amapá (81,3%), Acre (77,3%), Amazonas (74,2%), Roraima (73,3%) e Rio de Janeiro (70,7%).  

Em 2008 e 2012, cerca de 60% receberam nas urnas o direito de continuar a frente de suas prefeituras. Em 2016, não chegou nem à metade (49,5%).

A pandemia provocou mudanças drásticas na eleições. A Justiça Eleitoral adotou uma série de medidas, como exigência de máscara, o uso de álcool em gel na votação e dispensou a biometria. Até as campanhas dos candidatos estão sendo diferentes. 

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"A gente vai ter uma campanha muito menos física, muito menos presencial, uma campanha que vai depender muito mais da mídia, seja ela os canais oficiais, sejam as mídias eletrônicas e isso vai mudar completamente a dinâmica eleitoral. Então, nesse sentido, eu acho que a gente vai ter pós-eleição uma surpresa do que vai acontecer nesse cenário de muitas tentativas de reeleição, que a gente não sabe se vão se confirmar ou não", explicou Gabriela Lotta, professora de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo os especialistas, os temas locais, comuns nesse tipo de disputa, vão dar lugar a questões nacionais, além de muita polarização.

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"Ela [polarização] foi trazida por causa das circunstâncias que o Brasil está vivendo nesse período mais recente. Entre as questões mais importantes, o enfrentamento da pandemia, que foi feito de uma maneira extremamente irresponsável pelo governo federal", avaliou o cientista político José Álvaro Moisés. "Há uma certa percepção entre os eleitores de que a questão da saúde é a mais importante neste momento, ao lado do combate à corrupção. Então, desse ponto de vista, são temas nacionais que estão cruzando, em um certo sentido, com temas locais."



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