Um reportagem veiculada nesta semana pela revista estadunidense New Yorker revelou que um funcionário do Facebook pediu demissão após a plataforma se recusar a tirar do ar uma live do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
O especialista em cibersegurança David Thiel se indignou após Bolsonaro falar, na live realizada em janeiro, que o índio "é cada vez mais é um ser humano igual a nós". Para Thiel, o discurso fere uma das políticas do próprio Facebook, que repele conteúdo que possa desumanizar ou classificar como sub-humana qualquer grupo ou etnia.
O profissional chegou a realizar denúncias sobre o caso junto, inclusive, a um especialista sediado em Brasília, que teria justificado que a linguagem "politicamente incorreta" é habitual por parte do presidente. Experts em Dublin e na Irlanda também concluíram que o conteúdo não violou as diretrizes da plataforma.
Thiel apelou para que fosse ouvido por membros da equipe de políticas de conteúdo do Facebook, mas a resposta continuou negativa e o vídeo não foi retirado do ar. Por conta da decisão, o profissional optou por pedir demissão da plataforma. Atualmente, Thiel ocupa o cargo de diretor técnico do Observatório da Internet da Universidade de Stanford.
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