Colírio utilizado para tratamento do glaucoma gera efeitos colaterais e é usado para fins estéticos
Oftalmologistas fazem alerta para o uso do bimatoprosta, fármaco que tem sido utilizado pela indústria estética para o aumento dos cílios
20/10/2020 08h31
Cerca de 1 milhão de brasileiros têm glaucoma, segundo a SBG (Sociedade Brasileira de Glaucoma). A doença ocular pode atingir crianças, jovens e, principalmente, adultos com mais de 40 anos e idosos. Ela é progressiva e silenciosa; no início, assintomática. O desenvolvimento leva anos sem que a pessoa perceba, até apresentar os primeiros sintomas: a perda da visão lateral.
Entre os tratamentos para a enfermidade, está o uso de colírios. O bimatoprosta é um fármaco que aumenta a drenagem do líquido circulante no olho. Mas, como todo remédio, possui alguns efeitos colaterais, por isso, é necessário o acompanhamento de um médico oftalmologista no tratamento.
Um desses efeitos colaterais é o crescimento de cabelo. Sendo assim, o bimatoprosta está sendo utilizado pela indústria estética para o aumento dos cílios.
Só que o uso desse medicamento pode causar outros problemas, como a hiperpigmentação da íris, fazendo com que apareça algumas manchas amarronzadas em pacientes de olhos claros. Além de aumentar a pigmentação das pálpebras e a reabsorção da gordura orbitária.
Nas redes sociais, uma oftalmologista postou mais detalhes sobre o procedimento e os efeitos do medicamento.
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