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Pandemia agravou desigualdade na educação, aponta pesquisa; falta de recursos é motivo

Mínimo de horas de estudo estabelecido em lei não vem sendo cumprido durante o ensino remoto; alunos de classes mais altas conseguem estudar 64% de tempo a mais


22/10/2020 16h16

A pandemia mudou o quadro da desigualdade na educação brasileira, que vinha caindo nos últimos 40 anos. De acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, crianças e jovens dedicam menos horas às aulas remotas.

O estudo constatou que o mínimo de 4 horas diárias, previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, não tem sido alcançado. Na média, alunos de 10 a 14 anos dedicam 2h28 à aulas e atividades escolares. De 6 a 9 anos, o tempo cai para 2h12 e a menor marca é na faixa etária de 15 a 19 anos, que atingem 1h57.

"Sem dúvidas, a maior parte das minhas dificuldades giram em torno da retenção de conteúdo e também da pressão", comentou o estudantes Murilo Barros de Oliveira, que objetiva entrar na faculdade de Economia.

Ainda, o recorte feito por classe social apontou o agravamento da desigualdade. Entre alunos de 16 e 17 anos a diferença de tempo gasto com os estudos é grande. Adolescentes de famílias com maior poder aquisitivo conseguem estudar 64% de tempo a mais que os de famílias pobres.

Para o diretor da FGV Social, Marcelo Neri, a ausência de materiais e recursos para alunos mais pobres é o motivo para a diferença. "Dos alunos de classe E, 21% não receberam. Os de classe A e B, menos de 3% não receberam", diz.

Confira a matéria do Jornal da Tarde:

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