Fundação Padre Anchieta

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Após sete meses de home office, muitos funcionários já perceberam que trabalhar de casa não é exatamente um mar de rosas. Vantagens como redução do tempo perdido no trânsito foram substituídas por aumento da jornada de trabalho. Além de trabalharem mais, as pessoas têm dificuldade para separar a vida pessoal da profissional, já que precisam ficar disponíveis o tempo todo para a empresa.

Essa percepção do lado negativo do teletrabalho foi sentido por estudo realizado pela Orbit Data Science, que mostra que a satisfação com esse sistema de trabalho caiu de 71,3% para 45% a partir do momento em que essa rotina se tornou permanente.

“Observamos uma crise de imagem do home office porque ele passou de ideia para realidade. Se antes era praticado por alguns profissionais apenas alguns dias por mês, passou a ser o novo padrão estabelecido. E isso traz muitas questões à tona”, afirma Caio Simi, CEO da Orbit.

Como foi realizado esse estudo? A partir de 4.798 comentários de perfis de brasileiros no Twitter, Instagram, Facebook e em portais de notícias, entre janeiro e outubro de 2020.

Uma das constatações do estudo é que a percepção sobre o home office variou de acordo com as várias fases da pandemia. Veja abaixo:

  • Fase de pré-impacto (janeiro e fevereiro): o trabalho de casa era elogiado em 71,3% das conversas nas redes. Uma minoria de 26,4% reclamava da distração do ambiente domiciliar.
  • Fase de impacto (março): percentual de críticas ao home office subiu de 26,4% para 39,5%.
  • Fase de adaptação (abril, maio e junho): as críticas ultrapassam 50,5% de opiniões negativas enquanto os elogios eram 45% dos comentários.
  • Fase de consolidação (julho, agosto e setembro): a imagem do home office volta a se tornar majoritariamente positiva, com 51% de elogios contra 43% de críticas.

O que influenciou essas opiniões? Os motivos variaram de acordo com a fase da pandemia:

  • Fase de impacto: ganhou força a percepção generalizada de que se trabalha mais durante a pandemia do que antes.
  • Fase de adaptação: pesou na visão negativa a ausência de políticas de adaptação por parte de muitas empresas, o que gerou problemas de saúde nos funcionários.
  • Fase de consolidação: com a discussão sobre a volta ao trabalho presencial, muitas pessoas voltaram a elogiar o home office.

Que lições esses dados mostram? Para a Orbit, esses dados acendem um alerta às empresas que decidiram manter o home office como regime definitivo. O relatório sugere ações que proporcionem maior interação entre colegas sem que isso signifique trabalhar mais. E políticas que garantam que a estrutura que os colaboradores terão em casa seja a mais próxima possível à do escritório, para diminuir o risco de dores no corpo, estresse e o desenvolvimento de doenças psicológicas pelo acúmulo de trabalho.