Uma iniciativa para lá de especial marcou a ensolarada manhã deste sábado (28) no Rio de Janeiro (RJ). Completados 10 anos da ocupação do Complexo do Alemão e da Penha, o jornal Voz das Comunidades organizou um mutirão pelas comunidades, distribuindo mais de 15 mil livros aos moradores.
A 'Invasão de Livros', nome atribuído à ação, faz alusão às frequentes invasões policiais no conjunto de favelas cariocas. Em vez de violência, porém, é a literatura que define o elo entre a população local e os voluntários que adentram as comunidades.
10 anos de pacificação do Complexo do Alemão e Penha: A tropa do Voz das Comunidades está ‘invadindo’ os conjuntos de favelas distribuindo mais de 15 mil livros neste dia que completa 10 anos de ocupação. #InvasaoDeLivros
— Voz das Comunidades (@vozdacomunidade) November 28, 2020
Fotos: Alexandre Ferreira pic.twitter.com/TeTrmhWp9q
No dia 28 de novembro de 2010, uma megaoperação policial, que contou com apoio das Forças Armadas, ocupou o Complexo do Alemão e da Penha com blindados, helicópteros e até atiradores de elite. Foram apreendidas toneladas de drogas e um arsenal de armas.
Em primeira instância, a pacificação das comunidades surtiu efeito positivo, com o governo do Rio de Janeiro ensaiando um desenvolvimento econômico e social da região. O turismo aumentou, alguns serviços chegaram às favelas, mas a violência não tardou a voltar. Dez anos depois, o cenário pouco mudou.
"LIVRO É CARO!" Maria Martins (27), seus filhos e sobrinhos receberam livros na #InvasaoDeLivros. A moradora da Caixa D'água, no Cpx da Penha disse que a galera da favela não lêem muito pelo preço alto dos livros. pic.twitter.com/3WMK3QYiSG
— Voz das Comunidades (@vozdacomunidade) November 28, 2020
REDES SOCIAIS