Bruno Covas faz discurso conciliador após reeleição: "São Paulo não quer divisões"

Poucas horas após a confirmação da vitória nas eleições municipais de São Paulo (SP), Bruno Covas discursou em coletiva de imprensa realizada na sede do PSDB (Partido Social Democrata do Brasil), no início da noite deste domingo (29). Em tom conciliador, celebrou o triunfo nas urnas paulistanas, que lhe conferiram 59% dos votos no segundo turno da corrida contra o adversário Guilherme Boulos (PSOL). 

"As urnas falaram. E eu saberei ouvir o recado das urnas no dia de hoje. São Paulo, você pode contar comigo. Agora, é agradecer a confiança de todos na nossa proposta. É o desafio de transformar a esperança em realidade. São Paulo falou, São Paulo não quer divisões. Meu avô dizia que é possível misturar política e ética, honra e mudança. Agora, acrescento: é possível fazer política sem ódio, falando a verdade", afirmou.

Com os resultados apurados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Bruno Covas confirma os números apresentados pelas pesquisas de intenção de voto divulgadas neste sábado (28), pelo Ibope, que já projetava sua vitória no pleito da capital paulista. Ao lado do governador João Doria, o candidato do PSDB não deixou de agradecer o concorrente Guilherme Boulos pelo "bom combate".

"Fizemos uma campanha limpa, falando da cidade de São Paulo, respeitando o eleitor. Sou filho e fruto da democracia e, por isso, respeito a decisão popular, as instituições e a diversidade que é a cidade de São Paulo. Essa imensidão de vários povos, de vários credos, de várias cores. Gente do mundo inteiro, que constroem e fazem a cidade de São Paulo. Agradeço o meu adversário, fizemos o bom combate, e queria me dirigir aqueles que confiaram nele. Nós vamos governar a todos. São Paulo não quer divisões", completou.

As eleições de São Paulo (SP) contaram, ao todo, com mais 5,3 milhões de votos válidos, com Covas superando os 3,16 milhões de votos, contra 2,16 milhões de Boulos. Ademais, foram mais de 273 mil votos brancos (4,4%) e 607 mil votos nulos (9,7%).